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Marisa (AMAR3): acionista vira réu em processo da CVM

Filho de fundador, acionista teria comprado ações da Marisa menos de 15 dias antes da divulgação do balanço

Marisa (AMAR3): acionista vira réu em processo da CVM
Confira como as ações da Marisa (AMAR3) fecharam após resultados da reestruturação. Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
  • Márcio Goldfarb, filho do fundador da Marisa (AMAR3), passou a ser réu em um processo da CVM
  • Goldfarb detém cerca de 5,8% de participação na companhia e é membro do Conselho de Administração
  • A empresa disse que prestou esclarecimentos à CVM sobre negociações de ações realizadas por Goldfarb

Márcio Goldfarb, filho do fundador da Marisa (AMAR3), passou a ser réu em um processo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O procedimento, de caráter administrativo sancionador, foi aberto no dia 20 de dezembro de 2022 para investigar a aquisição de ações da empresa em período inadequado.

Goldfarb, que detém cerca de 5,8% de participação na companhia e é membro do Conselho de Administração, teria comprado papéis da Marisa menos de quinze dias antes da empresa divulgar seu balanço relativo ao primeiro trimestre de 2022. A prática representa uma irregularidade.

De acordo o artigo 14 da Resolução CVM 44, no período de quinze dias que anteceder a data da publicação das informações contábeis trimestrais e das demonstrações financeiras anuais da companhia, acionistas controladores, diretores, membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal não podem efetuar qualquer operação com os valores mobiliários emitidos pela empresa.

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No dia 1 de fevereiro, a Gerência de Controle de Processos Sancionadores (GCP) da CVM iniciou o processo de citação do acusado, sendo essa a fase atual do procedimento.

Nesta sexta, a Marisa enviou um comunicado ao mercado comentando a situação. A empresa disse que prestou esclarecimentos à CVM sobre negociações de ações da companhia realizadas por Goldfarb.

“A prestação de esclarecimentos e informações à CVM sobre negociações realizadas por administradores em resposta a ofícios faz parte da rotina de uma companhia de capital aberto com ações admitidas à negociação em mercados organizados no Brasil e a companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre temas relevantes relacionados ao objeto deste comunicado ao mercado”, completou a empresa.

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