No início da semana, o FED (banco central norte-americano) havia conseguido arrefecer os receios dos investidores em relação ao setor financeiro norte-americano, porém hoje o movimento de aversão ao risco voltou a dominar os mercados globais. A nova piora ocorreu depois que o Saudi National Bank, principal acionista do Credit Suisse, descartou dar mais assistência financeira ao banco suíço. A ação do banco chegou a cair mais de 30%, e impacta negativamente a performance das principais bolsas mundiais.
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Nas bolsas europeias, o movimento negativo foi ampliado após a notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) contatava bancos para questionar sobre sua exposição ao Credit, ampliando a incerteza para a decisão de amanhã do BCE, colocando em dúvida a alta de 0,5 pontos percentuais nos juros que havia sido prometida anteriormente. O mesmo questionamento também paira sobre a decisão do FED, que ocorre na próxima semana. O CME Group mostra o mercado dividido entre chance de alta de 0,25 pontos percentuais e manutenção dos Fed funds nos níveis atuais – é válido recordar que no início da semana passada, a aposta majoritária era de alta de 0,50pp nesta próxima reunião.
No câmbio, o dólar apresentava forte avanço frente às principais divisas globais, com alta do índice DXY de 1,34%, próximo às 13h30. Esse movimento global de busca por proteção colaborou para a queda forte do petróleo, ao redor de 6%. A commodity chegou a subir logo cedo, mas não sustentou o movimento após a AIE elevar projeção para oferta em 2023, num cenário de crescente incerteza em relação à atividade econômica global.
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Por aqui o cenário não é diferente. No mesmo horário, o índice Ibovespa apresentava queda de 1,64% aos 101.305 pontos, e perdia a importante região de suporte técnico dos 103.000 pontos. Enquanto o dólar avançava 1,31% frente ao real, cotado a R$ 5,32.