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- A secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, afirmou que não considera oferecer um “seguro generalizado” para depósitos bancários
- O Banco da Inglaterra (BoE) anuncia sua a decisão de política monetária (9h)
Os mercados locais devem se ajustar ao tom mais duro adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), quando optou ontem por manter a Selic inalterada em 13,75%, sinalizando que não há espaço para corte de juros nos próximos meses – inclusive sugerindo que, se necessário for, não hesitará em retomar o processo de ajuste na taxa. O resultado prático disso, muito provavelmente, será a redução (ou extinção?) das apostas de queda da Selic já em maio ou junho.
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No entanto, a postura mais vigilante do Banco Central pode ajudar no processo de ancoragem das expectativas futuras de inflação, com algum impacto positivo sobre as taxas de juros mais longas – as mais determinantes para o desempenho do mercado de renda variável.
Para os investidores internacionais os sentimentos ainda são mistos nesta quinta-feira (23), mas com uma clara tentativa de recuperação do humor observada nos índices futuros de Nova York. O movimento reflete alguns ajustes às quedas mais fortes na véspera, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevou os juros em 0,25 ponto porcentual (pp), como era esperado, e às falas da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, de que não considera oferecer um “seguro generalizado” para depósitos bancários, mesmo após os eventos envolvendo o Silicon Valley Bank (SVB) e o Signature Bank.
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Nesse ambiente bastante incerto, o índice Dollar Index (DXY), que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes, ronda a estabilidade nesta manhã. Os contratos futuros do petróleo operam em baixa depois de acumularem ganhos por três sessões consecutivas, enquanto os preços futuros do minério de ferro tiveram nova queda (2,01%) em Dalian, cotados ao equivalente aUS$ 125,14 por tonelada.
Agenda econômica
Brasil: Destaque apenas para os dados da arrecadação federal (10h30). Entre os eventos, o Tesouro volta a realizar leilão de títulos públicos (11h00), oferecendo ativos prefixados ao mercado (LTN e NTN-F).
EUA: Estão previstos os dados semanais sobre os pedidos de auxílio-desemprego (9h30), permissões para novas obras (9h00), índice de atividade nacional medido pelo Fed de Chicago (9h30) e vendas de moradias novas (11h00). A secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha na Câmara sobre orçamento de 2024 (16h00).
Europa: Na zona do euro sai o índice de confiança do consumidor (12h00) e o Banco da Inglaterra (BoE) anuncia sua a decisão de política monetária (9h). Mais cedo o Banco Central da Suíça decidiu elevar juros em 0,50 pp, apesar dos eventos que levaram a operação entre Credit Suisse e UBS, enquanto o Banco Central da Noruega subiu os juros em 0,25 pp.
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