

O primeiro trimestre de 2023 trouxe uma queda avassaladora para os fundos imobiliários (FIIs). Entre os 111 que compõem o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), apenas dez tiveram rentabilidade acima da taxa Selic.
Publicidade
O primeiro trimestre de 2023 trouxe uma queda avassaladora para os fundos imobiliários (FIIs). Entre os 111 que compõem o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), apenas dez tiveram rentabilidade acima da taxa Selic.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Um levantamento feito pela Empiricus Research mostra que o acumulado do período foi positivo para 33 FIIs e de prejuízo para outros 78. Entre os dez que tiveram lucros acima da Selic (CDI), oito são do segmento de crédito.
No acumulado do ano, todos os segmentos acumulam prejuízos. Os FIIs de logística lideram as perdas, com 9,4% de queda. Em sequência, aparecem as lajes corporativas (-7,7%), híbrido (-6,5%), FOF (-4%), shoppings (-2,8%) e crédito (-1,5%).
“Os fundos de tijolos e lajes foram mais impactados, principalmente pela deterioração dos indicadores econômicos aliado ao aumento de risco-país como um todo, com juros futuros ainda elevados”, avalia Caio Nabuco de Araujo, analista da Empiricus.
Publicidade
O melhor desempenho dos FIIs de crédito se explica pela mudança da curva de inflação. O terceiro trimestre do ano passado foi de deflação, o que impactou negativamente a distribuição de proventos dessa categoria. Com a retomada da inflação, houve o movimento contrário em 2023.
“Esses fundos têm conseguido adquirir operações com taxas atrativas e isso também reflete na distribuição de proventos”, diz o analista da Empiricus.
Ainda que as perspectivas sejam de manutenção das dificuldades para os próximos meses, a tendência é de melhora nos desempenhos gerais dos fundos imobiliários. Nesta matéria explicamos quais as perspectivas do mercado para os fundos nos próximos meses.
Publicidade
Especificamente sobre os FIIs de crédito, que tiveram o melhor desempenho até aqui, a expectativa é de que sigam no campo positivo. “Para essa categoria há um risco de crédito menor comparado ao restante da indústria, com boas garantias e contrapartidas”, avalia Araujo.
A sócia e responsável pela relação com investidores da Paladin, Celina Vaz Guimarães, destaca que para pensar de forma mais ampla sobre o futuro dos fundos é necessário observar outros pilares. “A gestão é o principal diferencial. Fundos bem geridos, com um portfólio bem estruturado de bons ativos, são os que entregarão os melhores retornos”, diz.
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador