- O primeiro trimestre de 2023 foi de grandes desafios para o Ibovespa, que encerrou o período com desvalorização de 7,16%, aos 101.882,20 pontos
- Os destaques positivos são, em sua maioria, empresas que haviam registrado baixas anteriores e passaram por ajuste de preço de mercado
O primeiro trimestre de 2023 foi de grandes desafios para o Ibovespa, que encerrou o período com desvalorização de 7,16%, aos 101.882,20 pontos. As ações das empresas da Embraer (EMBR3) , Magazine Luiza (MGLU3) e CSN (CMIN3) foram as que mais se valorizaram durante o período.
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O ano começou com um novo presidente: Lula assumiu o cargo pela terceira vez, depois da aprovação da chamada PEC de da Transição, proposta que permitiu ao governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos para bancar despesas como o Bolsa Família, o que tensionou o mercado
No ambiente já avesso ao risco, a temporada de balanços do quarto trimestre de 2022 caiu como uma bomba para muitos dos ativos. O desempenho aquém do esperado foi relacionado à desaceleração da economia.
As incertezas vindas do cenário internacional também resultaram em duros impactos. A quebra de bancos na Europa e nos Estados Unidos desencadeou maior precarização do acesso a crédito, questão que no Brasil foi impulsionada pelo rombo bilionário das Americanas, que entrou em Recuperação Judicial e, com isso, deixou o principal índice da B3, o Ibovespa.
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O primeiro trimestre de 2023, no entanto, terminou com alívio da tensão doméstica e internacional. O Ibovespa chegou a marcar 97 mil pontos no pregão do dia 23 de março, o pior patamar desde julho do ano passado. Com melhoras sucessivas após a baixa, mas entregando os ganhos no final da semana, o índice encerrou o trimestre aos 101.882.20 mil pontos.
Os destaques positivos são, em sua maioria, empresas que haviam registrado baixas anteriores e passaram por ajuste de preço de mercado. Confira abaixo:
Embraer (EMBR3): 45,28%
As ações da Embraer (EMBR3) tiveram valorização de 45,28% no período, liderando os papéis com maiores ganhos. A alta tem relação com os bons resultados e perspectivas para os próximos anos, incluindo possibilidade de venda reforçada de aeronaves e da receita em dólar.
“São aspectos positivos que o mercado resolveu premiar”, avalia Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama.
Magazine Luiza (MGLU3): 20,80%
As ações do Magazine Luiza (MGLU) valorizaram 20,80% no período, leve recuperação, já que em 12 meses ainda acumula queda de 49%.
Para o analista Vitorio Galindo, da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, houve influência positiva da expectativa de queda de juros, apesar de isso ter sido frustrado na última reunião do Copom.
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Já sobre os últimos balanços da empresa, o analista diz que eles não foram “tão ruins assim”. “Como o mercado já estava precificando, houve valorização”, avalia Galindo.
CSN (CMIN3): 18,63%
As ações da CSN (CMIN3) encerraram com valorização de 17,40% em período de recuperação do setor.
CCR (CCRO3): 17,74%
As ações do Grupo CCRO encerraram o período com valorização de 17,74%.
EcoRodovias (ECOR3): 17,65%
As ações da CCR (CCRO3) tiveram alta de 12,57% no período.