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Por que Cogna (COGN3), Raia Drogasil (RADL3) e CVC (CVCB3) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa

Os três papéis registraram as maiores quedas no pregão da B3 desta segunda-feira

Por que Cogna (COGN3), Raia Drogasil (RADL3) e CVC (CVCB3) tiveram os piores desempenhos do dia na Bolsa
Foto: Felipe Rau/ Estadão
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  • O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (3) em baixa de 0,08%, aos 102.829,96 pontos, e teve giro financeiro de R$ 30,5 bilhões
  • As três ações que mais se desvalorizaram foram Cogna (COGN3), Raia Drogasil (RADL3) e CVC (CVCB3)

Após um início de sessão cauteloso, refletindo preocupações quanto à insistência do governo em adotar imposto semelhante à CPMF em troca de desonerações tributárias – ideia mal assimilada pelo mercado e pelo Congresso -, o Ibovespa ensaiou se firmar em alta à tarde, em linha com o dia positivo no exterior, onde dados de atividade favoráveis na China, Europa e nos EUA sustentaram o apetite por risco desde cedo.

Ao final, alternando leves ganhos e perdas em direção ao encerramento, ficou mesmo em terreno negativo pela terceira sessão, no menor nível desde o último dia 24, em baixa nesta segunda-feira de 0,08%, aos 102.829,96 pontos. O giro financeiro foi de a R$ 30,5 bilhões. Em 2020, o índice da B3 acumula agora perda de 11,08%.

Por aqui, a expectativa de novo corte da taxa Selic nesta quarta-feira mantém vivo o fluxo de recursos da renda fixa para a variável, na falta de alternativas de retorno para o investidor doméstico, em momento no qual o estrangeiro continua a sair da B3.

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Em julho, até o dia 30 (quinta passada), os investidores estrangeiros sacaram, em termos líquidos, R$ 6,566 bilhões da B3, elevando o saldo negativo acumulado no ano a R$ 83,071 bilhões, conforme dados divulgados hoje pela Bolsa.

O mercado aguarda corte de 0,25 ponto na taxa de juros neste meio de semana, que a traria para nova mínima, de 2,00% ao ano – expectativa também para o comunicado do Copom, especialmente se deixará aberta ou não a possibilidade de corte posterior.

As três ações que registraram as maiores quedas no dia foram Cogna (COGN3), Raia Drogasil (RADL3) e CVC (CVCB3). Confira o que afetou o desempenho desses três papéis.

Cogna (COGN3): -5,19%

Enquanto as ações ON da Cogna tiveram o maior recuo do dia no pregão da B3, os papéis da subsidiária da Cogna, Vasta, tiveram dia de ganhos em Nova York. Na sexta-feira, a abertura volátil da Vasta na Nasdaq em sua estreia no mercado acionário derrubou Cogna ON, que caiu 12,47% naquele dia.

De acordo com um operador, o que aconteceu naquele momento e segue acontecendo é um movimento de arbitragem: investidores vendem a ação da Cogna na B3 para se alocar diretamente na Vasta, e por isso, a controladora cai, mas a controlada opera em alta.

Raia Drogasil (RADL3): -4,54%

As ações ordinárias de Raia Drogasil tiveram o segundo maior tombo de hoje. Na visão de Jorge Junqueira, sócio-gestor da Gauss Capital, a perspectiva de maior competição no setor pressiona as ações no curto prazo.

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“Nós vamos ver mais redes de farmácias listadas, a Panvel já fez ‘follow-on’, Pague Menos e Profarma vão realizar IPOs, e isso cria uma dinâmica que pressiona Raia Drogasil”, explica.

CVC (CVCB3): -3,85%

A terceira maior queda do pregão desta segunda foi a dos papéis da CVC, repercutindo dados do balanço de 2019, com a empresa ainda não trazendo números auditados. Para Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos, os números não trouxeram surpresa, mas inspiraram cautela em um dia mais fraco, com ativos de risco sofrendo mais. “Esses ativos puxam a queda, apesar de mineração e siderurgia, liderados por Vale, evitarem uma queda ainda maior, ancorados na disparada do minério”, observa.

A operadora de turismo informou ter concluído a revisão contábil do seu balanço de 2019, porém continua sem apresentar suas demonstrações financeiras auditadas. Com a revisão, o balanço inclui um ajuste de R$ 362,3 milhões, decorrentes de distorções identificadas pela companhia.

O valor é superior ao identificado em março quando a empresa revelou uma distorção contábil com impacto potencial de R$ 250 milhões. A CVC espera anunciar os resultados auditados de 2019 assim como do primeiro trimestre de 2020 até o fim do mês.

*Com Estadão Conteúdo

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