- As ações da Taesa (TAEE11) são queridinhas dos investidores brasileiros, especialmente daqueles que gostam de dividendos
- Apesar de ser uma empresa com receitas sólidas, boa parte das casas de investimento mantém recomendação neutra para a TAEE11
- Analistas veem pouco espaço para ganho de capital dado o nível atual de preço da ação
As ações da Taesa (TAEE11) são queridinhas dos investidores brasileiros, especialmente daqueles que vão à Bolsa buscar uma renda passiva por meio do recebimento de dividendos. Mas, apesar de ser considerada uma empresa de qualidade, com receita sólida e resiliente, analistas não estão recomendando a compra dos papéis da empresa de energia no momento.
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Recentemente, repercutiu-se no mercado a notícia de que a companhia estaria preparando uma oferta de ações na casa de R$ 2 bilhões para viabilizar a participação nos leilões de transmissão energética em 2023, cuja expectativa é de um investimento recorde de R$ 50 bilhões.
Mas, como contamos nesta reportagem, passada a surpresa, não é a possibilidade de um follow on que preocupa analistas quando o assunto é Taesa. A capitalização é entendida inclusive como uma forma de viabilizar a continuidade dos investimentos da companhia sem que a distribuição de dividendos seja afetada.
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O ponto que faz com que o consenso de mercado não recomende a compra de TAEE11, na verdade, é o preço. Em um momento de Bolsa majoritariamente negativa em 2023, com o Ibovespa negociando abaixo dos patamares históricos de P/L (Preço sobre Lucro) e muitas ações “baratas”, o valuation das units da Taesa parece estar ileso aos descontos.
“É uma raridade hoje na Bolsa. A Taesa talvez seja a única que esteja bem precificada, enquanto a maior parte das empresas está muito, muito barata”, pontua Eduardo Laudares, analista de empresas da Mantaro Capital.
E é por isso que a maioria das casas e corretoras de investimento mantém recomendação neutra ou de venda dos papéis. O entendimento geral é de que há pouco espaço para o ganho de capital frente ao patamar de preço que as ações são negociadas.
Nesta quarta-feira (19), as units da Taesa fecharam o pregão cotadas a R$ 34,84, com uma alta de 4,3% acumulada em 2023.
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Entre as casas consultadas pelo E-Investidor, todas têm recomendação neutra. Na Levante, o preço-alvo é de R$ 34; na Empiricus, de R$ 36,70, e na Genial, de R$ 35.
“Não vemos uma taxa de retorno atrativa, é como se ela já estivesse no preço correto tendo em vista o custo de oportunidade”, destaca Vitor Sousa, analista do setor de elétrico na Genial Investimentos.
Em relatório recente, publicado no dia 13 de abril, o Santander revisou sua recomendação para a TAEE11 de venda para neutra. “Acreditamos que a empresa conseguirá melhorar as margens à medida que novos projetos entrarem em operação e manter uma premissa de taxa efetiva de imposto baixa”, diz o relatório escrito pelos analistas Andre Sampaio, Guilherme Lima e Julia Zaniolo.
O preço-alvo subiu de R$ 33,11 para R$ 34,72.
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