- O Fundo Verde é um dos mais rentáveis da história. Seu gestor e criador, Luis Stuhlberger, tem a história atrelada ao desempenho do fundo
- Formado em Engenharia Civil pela Poli-USP, administrador se encontrou no mercado financeiro ainda na década de 1980, no banco Expansão e na corretora Griffo
Dono de um dos fundos mais rentáveis da história do Brasil, Luis Stuhlberger gere o Fundo Verde, da respeitada Verde Asset Management. Mas a carreira de Stuhlberger no mercado financeiro tem longa data, assim como a fama que o projetou como um dos grandes nomes do capitalismo brasileiro.
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Stuhlberger é formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Mas a carreira na engenharia não foi perseguida pelo gestor. Após a formação, decidiu por uma Especialização em Administração pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp-FGV).
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Na década de 1980, começou a sua carreira no mercado financeiro. O primeiro passo foi o trabalho no banco Expansão, do qual o pai era sócio, e na corretora Griffo, em que a instituição financeira possuía participação.
Quem conhece a biografia do gestor sabe que a Griffo tem um papel importante na vida de Stuhlberger. A empresa viria a se fundir com a Hedgin, em 1989. A Hedging-Griffo foi o berço do Verde, um dos fundos mais lucrativos do Brasil.
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Mas o Verde não foi o primeiro acerto na carreira do empresário. Ainda na década de 1980, Stuhlberger se destacou por atuações no mercado de ouro. Na Hedging-Griffo, empresa da qual se tornou sócio, começou a carreira atuando com mercados futuros e commodities.
Segundo perfil publicado pela Revista Piauí em 2008, o bom desempenho nesse segmento levou o então operador a ser representante do Banco Central junto aos demais operadores de ouro no País.
A fundação do Verde viria apenas em 1997, sob o nome de Hedging-Griffo Verde e a administração de Stuhlberger, a história do fundo e do empresário se tornariam indissociáveis — bem como a relação de sucesso entre os dois.
Não demorou para que ambos começassem a demonstrar resultados. Em reportagem publicada pelo Estadão em 1999, era anunciado que o HG Verde liderava o ranking da Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid), representante de instituições financeiras à época, na modalidade livre.
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Entre dezembro de 1988 e novembro de 1999, o fundo garantiu uma rentabilidade de 133,93% aos cotistas. A reportagem não deixou de mencionar a composição técnica do fundo, mas destacou seu administrador em um breve perfil.
Recortes similares seriam recorrentes. A edição do Estadão de abril de 2002 destacou o rendimento acumulado de 610% entre a criação do fundo e a data de publicação. A reportagem anunciava um fechamento do fundo para novos investidores e, é claro, era ilustrada por foto e entrevista com o gestor.
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A Hedging-Griffo seria vendida ao Credit Suisse em 2006 e o fundo adminsitrado por Stuhlberger se tornaria o CSHG Verde. Com o fim da cláusula de não-concorrência estabelecida no contrato entre as empresas em 2014, o gestor se tornaria independente novamente em 2015, com a criação do Verde Asset Management.
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Por todo o período de janeiro de 1997 a abril de 2023, o fundo Verde, em seus diversos nomes, acumulou um retorno de nada menos que 21.842,30%. Stuhlberger foi responsável por surfar boas ondas em períodos importante, como a dolarização do fundo durante a desvalorização do real em 1999 e a baixa da Bolsa de Valores (B3) na eleição do primeiro governo Lula governo, com posterior ganho devido ao bom desempenho do mercado – conheça o gestor de fundo mais famoso do País.