- Copom deve manter a Selic no patamar de 13,75%; cortes são esperados pelo mercado a partir de agosto deste ano
- Investimentos em renda fixa pós-fixados obedecem indicadores, como a Selic ou o CDI; já os prefixados "travam" a rentabilidade no valor contratado
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai divulgar a nova taxa básica de juros, Selic, nesta quarta-feira (21). As projeções indicam que a taxa será mantida em a 13,75% ao ano. Este patamar de alta histórica tem sido um bom caminho para investidores encontrarem boa rentabilidade em ativos de renda fixa.
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A provável manutenção do índice tende a preservar a rentabilidade de títulos pós-fixados atrelados à Selic como estão: caso do Tesouro Selic e dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs). Os títulos pós-fixados são aqueles que obedecem a variação de um índice específico, sem ficar “travado” em um valor desde a contratação.
O rendimento do Tesouro Selic é o próprio indicador, ao passo que o rendimento de CDBs pós-fixados tem como base a taxa DI, juros de Depósitos Interbancários, normalmente muito próximas à Selic. Isso é, em títulos pós-fixados atrelado a esses indicadores, quando a Selic cai, suas rentabilidades caem; quando ela sobre, sua rentabilidade acompanha.
“O investimento prefixado é ideal para os investidores que desejam travar uma taxa para ter maior previsibilidade dos seus rendimentos. Em um cenário de queda da taxa de juros, esse ativo se beneficia pois tem sua taxa é pré-acordada, porém sofrem o risco de mercado de aumento da Selic”, explica Victoria Cardoso, especialista de renda fixa da Acqua Vero.
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A pedido do E-Investidor, Cardoso simulou o cenário de diferentes investimentos (de R$ 1 mil a R$ 100 mil) em um CDB prefixado com prazo de dois anos, com aproximações de produtos disponíveis no mercado hoje.
“Hoje, encontramos no mercado CDBs prefixados com taxas aproximadas à 13% ao ano. Aplicando em um produto com essa taxa, pelo prazo de dois anos, temos uma rentabilidade bruta de 27,69%” explica Cardoso.
Os rendimentos de aplicações em renda fixa sofrem a incidência de uma alíquota de Imposto de Renda (IR) regressiva: quanto mais tempo tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será o IR cobrado pelos ganhos.
O tributo é de 22,5% em aplicações até 180 dias; 20% de 181 a 360 dias; 17,5% de 361 a 720 dias e de 15% para investimentos que cumprirem mais de 720 dias. Para a simulação, Cardoso considerou a alíquota de 15%.