Na tarde desta sexta-feira (04), as ações do Bradesco (BBDC4; BBDC3) fecharam em forte queda, entre as maiores perdas do pregão, após o banco reportar o balanço do segundo trimestre de 2023.
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Os papéis ordinários (BBDC3) fecharam com queda de 4,77%, cotados a R$ 13,97, enquanto os preferenciais (BBDC4) recuavam 6,65%, negociados a R$ 15,45.
O Bradesco (BBDC4) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido recorrente de R$ 4,518 bilhões, de acordo com balanço divulgado na última quinta-feira (03).
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O resultado é 35,8% menor que o do mesmo intervalo do ano passado, mas 5,6% acima do registrado no primeiro trimestre deste ano. No primeiro semestre de 2023, o lucro recorrente do Bradesco foi de R$ 8,798 bilhões, 36,1% menor que o do mesmo intervalo do ano passado.
Além disso, entre os dois períodos, o Bradesco observou um crescimento da inadimplência e das provisões, o que reduziu o resultado. Com mais de 100 milhões de clientes, de acordo com os dados mais recentes do Banco Central (BC), o Bradesco tem maior exposição do que outros grandes bancos privados à população de baixa renda, que tem sofrido mais com juros em patamares considerados altos e com a inflação.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou o trimestre em R$ 868,687 bilhões, alta de 1,6% em um ano, mas uma baixa de 1,2% em relação ao trimestre encerrado em março. A carteira foi puxada por operações destinadas a pessoas físicas, que subiram 5,7%, enquanto os empréstimos a empresas caíram 1,2%, ambos no comparativo anual.
Como resultado do crescimento mais tímido e das concessões mais conservadoras, a margem do banco com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito, por exemplo, teve baixa de 1,7% no comparativo anual, para R$ 16,652 bilhões, e de 1,8% em um trimestre.
Colaborou: Vitória Tedeschi.
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