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Como o PicPay passou de prejuízo a lucro, segundo o BTG Pactual (BPAC11)

O banco afirma que os executivos reiteraram a intenção do PicPay de abrir capital na Bolsa

Como o PicPay passou de prejuízo a lucro, segundo o BTG Pactual (BPAC11)
PicPay. (Foto: Divulgação / PicPay)

O BTG Pactual (BPAC11) afirma que o PicPay passou, em pouco tempo, de uma empresa com prejuízos milionários para uma fase de crescimento exponencial, e por fim, a um negócio que cresce menos, mas que é rentável. Em relatório enviado a clientes, o banco destaca as iniciativas mais recentes da empresa do grupo J&F, e afirma que o objetivo para o ano que vem é ampliar as margens.

O analista Eduardo Rosman fez um relato de uma reunião organizada pelo banco entre o CEO do PicPay, Eduardo Chedid, o diretor de Relações com Investidores, estratégia e M&A (fusões e aquisições), André Cazotto, e investidores locais. O equilíbrio entre receitas e despesas foi um dos principais assuntos, de acordo com o texto.

O BTG destaca que no primeiro semestre deste ano o lucro líquido do PicPay foi de R$ 58 milhões e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 123 milhões. “Após esforços para aumentar a eficiência e as vendas cruzadas, o equilíbrio veio antes do esperado”, escreve Rosman.

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Segundo o banco, os executivos afirmaram que os resultados seriam ainda melhores se desconsiderados os investimentos feitos em novos negócios. “A meta é preparar [o PicPay] neste ano para um grande crescimento de margem em 2024, preparando o palco para os próximos capítulos.”

O BTG afirma que os executivos reiteraram a intenção do PicPay de abrir capital na Bolsa, para captar recursos e acelerar o crescimento. O texto não informa uma possível data, mas em junho, Chedid afirmou ao Broadcast que falta a janela para captações reabrir aqui e lá fora.

Novos produtos

O BTG relata ainda que o PicPay pretende desenvolver um produto de “compre agora, pague depois” (buy now pay later, ou BNPL) utilizando o trilho do Pix. A empresa já oferece o parcelamento de Pix, que atingiu volume financeiro de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre do ano.

O banco afirma que os executivos disseram que este produto é vantajoso para os lojistas, porque gera vendas cujos recursos são recebidos de forma instantânea, sem a necessidade de adiantar recebíveis com o pagamento de taxas. Ainda assim, o PicPay cobra taxas dos clientes, o que gera margens.

Rosman destaca ainda que o PicPay está alterando o modelo de forma parcial: ao invés de ser uma instituição financeira 100% baseada em tarifas e comissões, vai passar a oferecer alguns produtos de crédito a partir do próprio balanço, como o cartão de crédito e o crédito pessoal. A estratégia, como mostrou o Broadcast em agosto, é ter o controle sobre produtos com os quais os clientes se relacionam mais.

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