A agenda desta terça-feira (14) traz como destaques a divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de outubro e discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense).
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No Brasil, em véspera de feriado da Proclamação da República, é esperada a divulgação do volume de serviços de setembro e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa da reunião plenária do Financial Stability Board (FSB), em Basileia, na Suíça.
Entre as bolsas europeias e futuros de Nova York predomina o sinal positivo nesta manhã, enquanto petróleo e retornos dos Treasuries estão mais perto da estabilidade, assim como o dólar ante moedas principais e algumas ligadas a commodities.
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Os mercados globais aguardam pelo CPI americano, que deve desacelerar para alta de 0,1% em outubro, de 0,4% em setembro, e para 3,3%, de 3,7% na comparação anual. Se confirmados, os números ainda não devem garantir uma percepção de tendência firme de desinflação rumo à meta de 2% ao ano perseguida pelo Federal Reserve.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse recentemente que ainda não há certeza na instituição se o nível atual dos juros é suficiente para levar a inflação à meta.
Na Europa, o euro ganhou força há pouco após o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha subir a 9,8 em, novembro, acima da previsão de 5. Já o PIB da zona do euro encolheu 0,1% no 3º trimestre, dentro do esperado.
No Brasil
Os números de inflação dos EUA devem influenciar os ativos brasileiros e o dado de serviços tende a mexer com a parte curta da curva de juros.
Por enquanto, dólar e retornos dos Treasuries indicam uma abertura com menor tração no câmbio, juros e leve alta para o Ibovespa com exterior e balanços, com destaque para os da Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), CSN (CSNA3), CSN Mineração (CMIN3).
O investidor segue atento também à possibilidade de mudança de meta fiscal de 2024 Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) até sexta-feira, abandonando a meta de déficit fiscal zero almejada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Ontem, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou duas emendas para mudar a meta, uma prevendo déficit de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e a outra, de 1%.
A expectativa é que o parecer final do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) seja votado no dia 22 de novembro na Comissão Mista de Orçamento (CMO). E a possibilidade de um novo corte nos preços da gasolina pela Petrobras ainda este ano também fica no radar.
Agenda
A agenda desta terça-feira traz a divulgação do CPI dos Estados Unidos de outubro (10h30). O vice-presidente de Supervisão do Fed, Michael Barr, fala em audiência no Senado dos EUA (12h00); a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, discursa em evento sobre inflação (13h00); e é esperado também discurso do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee (14h45).
A China informa dados de atividade no fim da noite (23h00). No Brasil, destaque para o volume de serviços de setembro (9h00) e o leilão do Tesouro de NTN-B e LFT (11h00). Após o fechamento do mercado saem os balanços da Azul e Nubank.