- As ações da Casas Bahia (BHIA3) figuram entre as principais perdas do Ibovespa nesta sexta-feira (24)
- O movimento ocorre após a S&P Global Ratings revisar as notas de crédito da companhia, de “brA-” para “brBBB-”
- Segundo os analistas Henrique Koch e Wendell Sacramoni, que assinaram o relatório da agência, o rebaixamento ocorreu após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2023 da empresa
As ações da Casas Bahia (BHIA3) figuram entre as principais perdas do Ibovespa nesta sexta-feira (24). Às 15h33, os papéis da varejista tombam 6,90% cotados a R$ 0,54, oscilando entre máxima a R$ 0,58 e mínima a R$ 0,53. O movimento ocorre após a S&P Global Ratings revisar as notas de crédito da companhia, de “brA-” para “brBBB-”, na Escala Nacional Brasil, com perspectiva negativa.
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Uma nota “A”, na escala da agência, indica forte capacidade de honrar compromissos financeiros, mas um estado ligeiramente suscetível a mudanças circunstanciais. Já “BBB” representa uma empresa com capacidade adequada de honrar compromissos financeiros, porém mais vulnerável a condições econômicas adversas.
Segundo os analistas Henrique Koch e Wendell Sacramoni, que assinaram o relatório da agência, o rebaixamento ocorreu após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2023 da empresa. “Em nossa visão, os resultados do acumulado do ano mostram que o grupo atualmente depende de condições de negócios, financeiras e econômicas favoráveis para retomar sua rentabilidade”, afirmaram os especialistas.
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A S&P Global não espera que a varejista passe por uma crise de pagamento ou de crédito nos próximos 12 meses, mas entende que a sua estrutura de capital atual é frágil. Além disso, segundo o documento, os resultados da Casas Bahia nos nove primeiros meses de 2023 refletem o cenário ainda desafiador para o varejo em geral, principalmente no segmento online de estoque próprio, com vendas desacelerando e crédito mais restrito.
A perspectiva negativa da agência indica uma chance em três de um novo rebaixamento dos ratings nos próximos 6 a 12 meses. Um fator que levaria à redução da nota seria uma eventual falha ao negociar a não declaração de vencimento antecipado dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) atualmente existentes. A medida deve ser decidida em assembleia especial de titulares dos CRIs, que pode convocada nos próximos dias, conforme cláusula do termo de securitização.
Por outro lado, a perspectiva da S&P Global para a empresa poderia retornar para “estável” nos próximos 6 a 12 meses, caso a Casas Bahia mostre uma recuperação significativa em suas margens nos próximos trimestres, levando à desalavancagem esperada.