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- Com a Selic agora no patamar de 11,75%, apenas oito ações conseguem entregar dividendos acima da taxa básica de juros aos seus investidores. Uma delas é a Petrobras
- Vinicius Steniski, analista do TC, acredita que a Petrobras teria capacidade de entregar um dividend yield de até 15% em 2024
- Para Leonardo Piovesan, analista fundamentalista da Quantzed, a Petrobras ainda deve continuar pagando dividendos elevados no longo prazo
Com a Selic agora no patamar de 11,75%, apenas oito ações conseguem entregar dividendos acima da taxa básica de juros aos seus investidores. Uma delas é a Petrobras (PETR4), de acordo com levantamento do consultor independente Einar Rivero.
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O estudo apresenta as companhias que podem pagar dividendos acima da Selic nos próximos 12 meses, desde que mantenham um lucro igual ou maior ao do último ano e a mesma política de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) dos últimos 12 meses.
Leia aqui: Veja as ações que pagam dividendos acima da selic
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Para Leonardo Piovesan, analista fundamentalista da Quantzed, a Petrobras ainda deve continuar pagando dividendos elevados no longo prazo por conta da sua dependência do preço do petróleo e a expectativa de aumento de produção da commodity nos próximos anos, o que deve impulsionar um resultado crescente.
“Mesmo com o aumento de volume de investimentos da companhia nos próximos anos, por conta do plano de negócios, a projeção de pagamento de proventos é positiva”, avalia Piovesan. O analista espera que a companhia tenha um dividend yield próximo a 10%, com possibilidade de elevar o retorno com pagamentos extraordinários.
Entre os riscos de investimento, Piovesan destaca que por ser uma companhia estatal o governo pode fazer mau uso dos recursos destinado para investimento que destroem valor ao invés de pagar dividendos.
Vinicius Steniski, analista do TC, acredita que a Petrobras teria capacidade de entregar um dividend yield de até 15% em 2024, por se tratar de uma companhia que já está em um estágio mais maduro e adquiriu certa recorrência no pagamento de dividendos.
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“Tem uma estrutura financeira adequada e pode realizar o pagamento sem criar maiores problemas quando gera lucros. O risco é que esses lucros podem oscilar de tempos em tempos por conta da volatilidade da commodity”, explica Steniski, se referindo ao preço do petróleo.
Para Fábio Sobreira, da Harami Research, a Petrobras ainda tem bastante caixa para distribuir mesmo com o barril de petróleo sendo negociado mais perto de US$ 70. “A companhia não está mais com a paridade de preço do petróleo internacional, mas pode adaptar com aquilo que mais vale a pena para ela”, pontua.
Segundo Sobreira, com a nova política a Petrobras acaba sofrendo menos com as quedas da commodity e tem espaço para rentabilizar em 2024, o que ainda a torna uma boa opção para proventos. O analista projeta um dividend yield de 34,49% para o próximo ano.