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Pão de Açúcar (PCAR3) sobe 4%. Vale a pena investir?

Valorização ocorre na esteira da conclusão da venda da participação da rede colombiana Éxito

Pão de Açúcar (PCAR3) sobe 4%. Vale a pena investir?
Loja do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) avançavam na abertura do pregão desta quarta-feira (24). O motivo para o otimismo do mercado é a conclusão da venda da participação da rede colombiana Éxito por US$ 156,4 milhões (R$ 789 milhões).

Por volta das 11h, as ações do Pão de Açúcar subiam 4,03%, a R$ 4,39. Segundo Carlos Soares, analista da Mirae Asset, o otimismo do mercado acontece pelo fato de a venda ser um dos impulsionadores da redução do endividamento do Pão de Açúcar.

Soares, no entanto, ainda não recomenda compra para a ação, pois prefere esperar o processo de reestruturação da dívida. “Mesmo não recomendando o ativo, vejo o movimento de hoje como positivo”, explica.

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Já Caroline Sanchez, analista de varejo da Levante Corp, comenta que o que mais tem gerado apreensão por parte do mercado são os riscos inerentes à reestruturação do GPA, principalmente com relação à operação da companhia após a venda de todos os ativos que não fazem parte do centro do negócio.

“Notamos um forte aumento da competição nos últimos anos para as operações do GPA, com expansão de players como St. Marché, Oba, Mambo e Oxxo, o que requer uma estratégia sólida que envolve preços competitivos, inovação em produtos e serviços, além de uma experiência de compra satisfatória para os clientes, a fim de conquistar e manter participação de mercado”, afirma Caroline Sanchez.

Ela afirma ver muitos riscos de execução nessa mudança da empresa, o que deixa o ativo não tão atrativo para o investidor. “Acreditamos que ainda existe muito risco envolvido e alta volatilidade em meio ao possível follow on que pode gerar uma forte diluição dos acionistas que não participarem da oferta”, conclui Sanchez, que também não recomenda compra para o ativo.

Já os analistas da Genial Investimentos são os únicos que recomendam compra para o ativo. Eles destacam que a empresa estima um aumento na rentabilidade ao longo de 2024 com base na redução dos custos, o que deve deixar o papel atrativo em meio aos riscos.

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“A companhia estima ganhos com a adoção de novo modelo de estratégia promocional, visando melhorar a eficiência, além de ter uma continuação da redução de custos fixos com aumento de vendas no fim da transição, o que torna o papel interessante”, argumentam Nina Mirazon, Vinicius Esteves e Iago Souza, que assinam o relatório mais recente da Genial.

A corretora possui preço-alvo de R$ 5 para o papel, uma potencial alta de 18,5% na comparação com o fechamento de terça-feira (22).

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