O Itaú BBA reiterou a visão construtiva para os negócios da holding do setor de energia e infraestrutura Ultrapar (UGPA3) e manteve a recomendação de compra das ações, apesar do preço-alvo para o ano de 2024 (em R$ 29,00) sinalizar um possível recuo de 1,6% no preço dos papéis ante o último fechamento.
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O banco listou seis razões pelas quais considera a Ultrapar uma empresa de alta qualidade: a holding ter relação mais saudável com revendedores; a composição de uma rede de postos robusta; uma participação de mercado crescente entre as maiores empresas do setor; recuperação sustentável nas margens e retornos; operação logística mais eficiente e um desempenho de margens impressionante para a Ultragaz, subsidiária do grupo responsável pela distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo).
O Itaú BBA destacou que as ações da Ultrapar subiram 129% desde o início da cobertura sobre a companhia, o que confirmou a visão dos analistas sobre a resiliência dos negócios de distribuição de combustíveis e a confiança de que 2023 seria um momento de “virada” (turning point) da companhia.
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A holding Ultrapar é formada por três principais empresas. A rede de postos Ipiranga, a distribuidora de gás Ultragaz e a empresa de logística e armazenagem Ultracargo. No relatório feito pelas analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, o banco fez avaliações sobre cada uma das companhias.
Com relação à rede de postos Ipiranga, o banco avaliou que a companhia saiu bem-sucedida no esforço para desmentir os mitos de ineficiência levantados nos últimos anos. De acordo com o Itaú BBA, a rede tem concentrado energias para reconstruir o relacionamento com os revendedores, bem como retomar o crescimento de mercado. Tais ações começaram a ser refletidas no desempenho da empresa.
“A empresa aumentou a consistência, coerência e transparência de sua estratégia de precificação para os postos de serviço. Também investiu em melhorar a proposta de valor da imagem da marca e dos serviços, o que se traduziu em maior satisfação entre seus revendedores, como pode ser visto nos resultados de pesquisas de NPS (Net Promoter Score) e em números autodeclarados”, afirmou o banco.
Já sobre a Ultragaz, o Itaú BBA destacou o forte desempenho da empresa e mencionou que a estratégia de aumentar a eficiência operacional e capilaridade, focado no segmento varejista e combinada com a tendência de expansão de margens no setor, trouxe retornos sem precedentes ao negócio.
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“A margem Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da Ultragaz cresceu 168% desde o primeiro trimestre de 2021, superando o setor, impulsionada principalmente por uma melhor realização de preços, melhores margens tanto para produtos envasados quanto a granel, e uma mudança na composição de vendas da empresa, focando nos clientes menores (que geram margens melhores)”
A Ultracargo, por sua vez, mantém um posicionamento estratégico nos principais conjuntos logísticos do Brasil. A localização combinada com a expansão de capacidade instalada da empresa tem gerado melhoria consistente nas margens do negócio.