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Mercado hoje: possível interferência política de Lula na Petrobras (PETR3; PETR4), Braskem (BRKM5) tem prejuízo bilionário no balanço do 4TRI23 e Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo no balanço do 4TRI23

Stone, Vamos e Itaúsa também integram o noticiário desta terça-feira (19)

Mercado hoje: possível interferência política de Lula na Petrobras (PETR3; PETR4), Braskem (BRKM5) tem prejuízo bilionário no balanço do 4TRI23 e Magazine Luiza (MGLU3) reverte prejuízo no balanço do 4TRI23
(Foto: Envato elements)

O destaque desta terça-feira (19) são as reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) de março.

Dados do relatório de mercado Focus, alta do minério de ferro na China e o alívio no rendimento dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) também podem amparar a Bolsa hoje.

No exterior, o destaque fica para a decisão de juros da China. o Banco do Japão (BoJ) elevou os juros pela primeira vez em 17 anos, encerrando uma política de taxas negativas de longa data, em uma decisão amplamente esperada.

Petrobras (PETR3; PETR4)

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, pediu apuração sobre uma eventual interferência por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Petrobras.

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Ele aponta indícios de descumprimento da Lei das Estatais. Caso os indícios sejam confirmados, ele pede que seja instaurada uma tomada de contas especial (ressarcimento de danos) e que os envolvidos sejam responsabilizados.

Em comunicado na noite de ontem, a empresa reafirmou ser “inverídica” promessa de pagamento de dividendos extraordinários no evento realizado com analistas e investidores no fim de janeiro, em Nova York.

Em novo comunicado ao mercado, a estatal acrescentou que parte da apresentação que cita os dividendos contém informações públicas sobre parâmetros, diretrizes e o processo que suporta as decisões de remuneração do acionista.

Braskem (BRKM5)

A Braskem registrou prejuízo de R$ 1,575 bilhão no quarto trimestre de 2023, montante menor que a perda de R$ 1,7 bilhão apurada no mesmo período de 2022, mas acima do esperado pelo Prévias Broadcast.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 208,6 milhões e a receita líquida de US$ 3,369 bilhões vieram em linha com o esperado.

O spread do polietileno (PE) na divisão do Brasil e América do Sul foi 9% maior no quarto trimestre de 2023 na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

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Segundo a empresa, o indicador foi impactado pelo maior preço de PE nos Estados Unidos, explicado pela queda dos estoques na região, com o aumento das exportações no período.

Magazine Luiza (MGLU3)

O lucro líquido ajustado do Magazine Luiza foi de R$ 101,5 milhões no quarto trimestre de 2023, uma reversão do resultado negativo de R$ 15,2 milhões apurado no mesmo intervalo de 2022.

O Ebitda ajustado também ficou positivo em R$ 756,5 milhões, alta anual de 12,3%. O lucro líquido de R$ 212,2 milhões ficou 947% acima do Prévias Broadcast, com receitas não recorrentes.

O Citi avalia que as margens do Magalu aparentemente estão melhorando, refletindo o foco da empresa em melhorar a rentabilidade em um cenário competitivo racional, mas destaca que os resultados ainda são obscurecidos por muitos eventos pontuais.

“Durante a teleconferência de amanhã, esperamos entender como a empresa conduzirá sua alocação de capital após seu follow-on de R$ 1,25 bilhão. Mais importante ainda, gostaríamos de compreender se o cenário competitivo aparentemente benigno deverá permitir ao Magalu expandir ainda mais as suas margens e fortalecer o seu balanço”, afirma.

Stone (STOC31)

A Stone reportou lucro líquido ajustado de R$ 564 milhões no quarto trimestre de 2023, alta de 177% em 12 meses. A receita financeira chegou a R$ 2,870 bilhões em dezembro, 24,4% maior ante mesmo período de 2022.

A companhia também anunciou mudança importante em seu conselho de administração, com a saída de seu fundador André Street da presidência.

Vamos (VAMO3)

A Vamos reportou lucro líquido consolidado de R$ 195,5 milhões no quarto trimestre de 2023, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2022. A companhia atribui a queda a efeitos não recorrentes e desempenho mais fraco das concessionárias de agronegócio quando comparado ao ano anterior.

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Na prévia operacional de janeiro e fevereiro, a receita líquida de concessionárias somou R$ 444,3 milhões. Segundo a empresa, o ritmo mensal dos dois primeiros meses do ano é 37,6% maior que o registrado no último trimestre de 2023.

Itaúsa (ITSA4)

A holding de investimentos Itaúsa registrou lucro líquido recorrente de R$ 3,460 bilhões no quarto trimestre de 2023, valor 3% maior na comparação com igual período de 2022. No consolidado, o lucro líquido recorrente de 2023 atingiu R$ 14,1 bilhões, o maior da série histórica, de acordo com a companhia em release de resultados divulgado há pouco.

O conselho de administração aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 723 milhões, a R$ 0,05 líquido por ação. Será considerada a posição acionária final do dia 21 de março.

Raízen (RAIZ4)

O conselho de administração da Raízen aprovou dividendo intermediário no valor de R$ 167,596 milhões, o equivalente a R$ 0,01623032986 por ação. A partir do dia 22 de março, as ações serão negociadas “exdividendos”.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil concluiu a captação internacional sustentável de dívida sênior, do tipo sustainability
bond, de US$ 750 milhões. A informação foi antecipada pelo Broadcast. Os bonds têm vencimento em 18
de março de 2031, cupom de 6% ao ano e retorno final para o investidor de 6,3% a.a.

Frigoríficos

A agência de classificação de risco Moody’s reafirmou o rating Ba3 para a BRF, mas alterou a perspectiva do rating de estável para positiva, o que reflete recentes melhorias na situação financeira da empresa.

A Moody’s observou, em relatório, avanço nos indicadores de crédito da empresa em 2023, incluindo a redução da dívida, que caiu de R$ 23,5 bilhões ao fim de 2022 para R$ 20,4 bilhões um ano depois, o que aumenta a flexibilidade da companhia para continuar focando em eficiências operacionais.

A Moody’s alterou de negativa para estável a perspectiva de rating Ba2 da Marfrig. A mudança reflete a
visão de que a Marfrig está em uma trajetória mais estável e equilibrada em relação aos seus indicadores de crédito em 2024.

Apesar dos desafios enfrentados pelo segmento de carne bovina nos Estados Unidos, como a disponibilidade de gado e custos elevados, a empresa continuará a se beneficiar de condições mais favoráveis na América do Sul em termos de exportação, avaliou a Moody’s.

GPA (PCAR3)

O GPA informou que o Morgan Stanley e suas subsidiarias atingiram 6,11% do total de ações ordinárias
emitidas pela companhia. Já Ronaldo Iabrudi, ex-CEO e ex-chairman do GPA, alcançou 5,48% do total de ações da mesma classe.

Sabesp (SBSP3)

A Sabesp informou que investiga um apagão que deixou bairros na região central de São Paulo sem energia elétrica por cerca de seis horas nesta segunda-feira. Segundo a Enel, responsável pela distribuição na capital paulista, a interrupção do fornecimento de energia teria sido provocada por uma escavação realizada pela Sabesp.

Embraer (EMBR3)

A Eve deu mais um passo, nesta terça-feira (19) para possibilitar a operação do eVTOL (veículos elétricos de decolagem e pouso verticais). A novidade é a apresentação do Vector, software de gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Urban ATM, na sigla em inglês), durante o Airspace World, em Genebra (Suíça).

Gol (GOLL4)

A Gol retirou as projeções para o ano de 2024. A decisão decorre do atual cenário da companhia que entrou voluntariamente com pedido de Chapter 11 (recuperação judicial) no Tribunal de Falências de NY em janeiro.

Positivo (POSI3)

A Positivo anunciou a aquisição da Algar TI, sendo R$ 190 milhões pagos no fechamento da transação, enquanto o valor remanescente de R$ 45 milhões será pago 12 meses após a data de fechamento da aquisição, condicionada ao atingimento de metas financeiras e operacionais.

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A conclusão do negócio, contudo, está condicionada à aprovação dos órgãos antitrustes do Brasil e da Colômbia. Até lá, as companhias continuam operando de forma independente no mercado, segundo a Positivo.

Americanas (AMER3)

A Americanas adiou para até 28 de maio a divulgação dos balanços referentes ao exercício social de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024, em razão da “complexidade dos impactos da recuperação judicial”. Os balanços mencionados estavam agendados para 26 de março e 15 de maio, respectivamente.

Banrisul (BRSR6)

O conselho de administração do Banrisul aprovou a proposta encaminhada pela diretoria executiva de distribuir 40% sobre o lucro líquido, deduzindo a reserva legal, a título de JCP e/ou dividendos para o exercício de 2024.

Vibra Energia (VBBR3)

Os fundos geridos pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) passaram a deter 58.650.833 ações ordinárias de emissão da Vibra Energia, representando 5,03% do seu capital.