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Educação Financeira

Como economizar no almoço de Páscoa?

O preço da cesta de produtos típicos da data subiu 9,29% em 11 meses, segundo levantamento do FGV IBRE

Como economizar no almoço de Páscoa?
O bacalhau é um dos pratos típicos do almoço de Páscoa. Foto: Adobe Stock
  • Os preços dos produtos que compõem a cesta de Páscoa subiram 9,29% entre março de 2023 e fevereiro de 2024, segundo pesquisa do FGV IBRE
  • Em meio ao aumento generalizado dos valores dos produtos, vale a pena manter um planejamento financeiro antes de organizar o almoço de Páscoa
  • A principal dica é realizar uma lista dos pratos que serão preparados e dos ingredientes necessários, planejando as porções de acordo com o número de pessoas que estarão presentes

Além de ser um feriado importante para o cristianismo, a Páscoa também é marcada por diferentes pratos tradicionais, incluindo desde a bacalhoada até os famosos ovos de chocolate. Em meio a tantas iguarias, os consumidores podem acabar gastando demais na hora de preparar refeições especiais para a data.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), realizada com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), os preços dos produtos que compõem a cesta de Páscoa subiram 9,29% entre março de 2023 e fevereiro de 2024.

Dentro da lista de alimentos analisados, a batata-inglesa e o azeite foram os principais destaques de alta, com aumentos expressivos de 31,96% e 39,82%, respectivamente, em seus preços. No entanto, o bacalhau, um dos itens mais procurados para a ocasião, sofreu uma queda de 2,27% em seu valor. Confira abaixo a variação de preços da cesta de Páscoa:

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Em meio ao aumento generalizado dos valores dos produtos, vale a pena manter um planejamento financeiro antes de organizar o almoço de Páscoa. A principal dica é realizar uma lista dos pratos que serão preparados e dos ingredientes necessários. “Verifique o que você já tem em casa e faça uma lista de compras apenas com o que falta, evitando gastos desnecessários”, aconselha Enivalda Alves da Silva Pina, educadora financeira e coordenadora do curso de Administração EaD da Faculdade Santa Marcelina.

Outra recomendação é planejar as porções de acordo com o número de pessoas que estarão presentes, armazenando adequadamente as sobras para evitar desperdícios. Os consumidores também podem optar por pratos econômicos, que possam ser compartilhados entre os membros da família, como saladas, quiches, tortas e assados. Opções individuais, por outro lado, tendem a sair mais caras.

Marcos Milan, professor da FIA Businees School, aconselha ainda as pessoas a realizarem uma pesquisa de preços dos ingredientes em lugares diferentes. No entanto, vale um cuidado nesse caso. “A economia que você faz nos ingredientes não pode ser gasta em combustível ou estacionamento, e até mesmo o tempo que você gasta indo a diferentes lugares deve ser considerado”, explica.

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Aproveitar promoções e descontos é uma outra alternativa para economizar. Por isso, os consumidores devem ficar sempre de olho nas ofertas especiais dos supermercados e utilizar cupons disponíveis quando for possível. Comprar frutas, legumes e verduras da estação também pode ser uma boa estratégia, pois esses alimentos costumam ser mais baratos e frescos.

Se houver oportunidade, uma outra sugestão consiste em promover um almoço colaborativo. Nesse caso, cada membro da família leva um prato para compartilhar, reduzindo os custos para todos os participantes. “Lembre-se de que o verdadeiro espírito da Páscoa está na união da família e na celebração do amor e da esperança. Não é necessário gastar muito para desfrutar de momentos especiais juntos”, ressalta Pina, da Faculdade Santa Marcelina.

Comer em casa ou em um restaurante?

Uma possibilidade é passar o almoço de Páscoa em um restaurante. No entanto, de acordo com a educadora financeira, essa prática costuma sair mais cara do que preparar a própria refeição em casa. “Isso ocorre porque os restaurantes precisam cobrir uma série de despesas adicionais, como aluguel do espaço, salários dos funcionários, custos com energia e água, além de buscar um lucro sobre o valor dos pratos servidos”.

Todos esses custos são repassados para o consumidor final, o que costuma tornar os preços dos almoços em restaurantes mais elevados. Já ao realizar a própria refeição em casa, é possível tem maior controle sobre os ingredientes utilizados e os métodos de preparo.

Há, no entanto, quem prefira a praticidade e a experiência gastronômica proporcionadas por um restaurante. Milan, professor da FIA Businees School, ressalta que, mesmo comendo fora, é possível encontrar opções acessíveis. “Por ser uma data em que tradicionalmente as famílias se encontram em casa, os restaurantes não apresentam uma demanda fora da média, como no Dia das Mães, por exemplo”.

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Seja em casa ou em um restaurante, o importante é pesquisar os preços com antecedência e encaixar os gastos no planejamento para ver se cabem no orçamento. Fugir do senso comum e apostar na criatividade para as refeições da data também pode ser uma boa forma de aproveitar a ocasião, sem deixar de economizar.

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