A cautela internacional contaminar o Ibovespa, diante das continuadas incertezas quanto ao início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos.
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As bolsas americanas caem, após alta mais cedo e a maioria dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA sobe.
Os temores externos se somam a questões internas, como o crescimento acima do esperado das vendas varejistas em fevereiro, que já contamina os juros futuros, e as dúvidas fiscais, em meio indícios de mais gastos.
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse na quarta-feira (10) que há entendimento na Casa para aprovar o projeto de lei que altera o arcabouço fiscal e abre brecha para antecipar R$ 15 bilhões em despesas.
“O fiscal segue sendo risco. A economia está deficitária, e não sabemos se o governo arrecadará o necessário”, diz Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Nem mesmo a valorização de 1,29% do minério de ferro em Dalian, na China, a quarta consecutiva, alivia. As ações Vale zeravam a alta nesta quinta-feira (11) e as da Petrobras cediam após ganho recente, e diante do recuo do petróleo.
No caso da estatal, os investidores ainda avaliam sinais de permanência de Jean Paul Prates na presidência da empresa, pelo menos por ora, e de distribuição de parte dos dividendos extraordinários.
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Mais cedo, o índice de preços ao consumidor, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano, atingiu 0,2% em março ante fevereiro, ficando abaixo da alta de 0,3% das expectativas.
O indicador da inflação no atacado dos Estados Unidos sai um dia após o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) ter conduzido as apostas para o primeiro corte dos juros no país para setembro deste ano, e não mais em junho ou julho.
“O PPI não tem poder de trazer busca por risco, não tem poder de mudar o panorama de quarta-feira (10), em relação à política monetária dos EUA”, avalia Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
Ainda no exterior, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu deixar suas principais taxas de juros inalteradas pela quinta vez consecutiva, em linha com as expectativas.
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A taxa de refinanciamento do BCE permaneceu em 4,50%, a de depósitos, em 4%, e a de empréstimos, em 4,75%.
Na quarta-feira (10), o Ibovespa fechou em baixa de 1,41%, aos 128.053,74 pontos. Às 11h16, caía 0,63%, na mínima aos 127.179,90 pontos, ante abertura aos 128.051,34 pontos, mesmo nível da máxima, com variação zero.
Vale (VALE3) sobe 0,16% e Petrobras (PETR3;PETR4) cedia 0,78% (PN) e -0,464% (ON).