Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (11), pressionados por um dólar resiliente no exterior e depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manter inalterada sua expectativa de alta na demanda global para 2024.
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Com a queda, o Brent voltou a fechar abaixo dos US$ 90 por barril. O WTI para maio fechou em queda de 1,38% (US$1,19), a US$ 85,02 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho caiu 0,82% (US$ 0,74), a US$ 89,74 o barril, na Intercontinental Exchange. Mais cedo, os preços chegaram a subir, mas se consolidaram em queda após a divulgação do relatório mensal da Opep, e depois do índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) injetarem cautela em investidores e pesarem a favor do dólar.
O petróleo é comercializado em dólar no mercado global, então isso torna a commodity mais cara para detentores de outras moedas. Investidores também monitoraram os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio. Circularam notícias de que o Irã teria desistido de uma ofensiva contra Israel nos últimos minutos, embora ainda cogite um ataque em retaliação ao bombardeio contra o consulado iraniano em Damasco. Além disso, a companhia aérea alemã Lufthansa suspendeu voos na região de Teerã, devido ao aumento de riscos na região.
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Pela manhã, a reunião mensal da Opep manteve inalteradas as expectativas de crescimento da demanda em 2024 e 2025, mas cortou em 1 milhão de barris por dia as projeções para aumentos da oferta entre países fora do grupo. “De um lado, os riscos macroeconômicos, e do outro a parte da oferta menos apertada nos EUA, ambos contribuíram para essa queda dos preços”, explica o analista da StoneX Bruno Cordeiro Enquanto isso, Louis Navellier, da gestora Navellier, escreve que os preços do petróleo devem permanecer elevados, visto que as tensões militares seguem elevadas entre Ucrânia e Rússia, com o exército russo perdendo até 650 soldados por dia.
“O conflito entre a Ucrânia e a Rússia ocorre agora mais longe dos verdadeiros combates fronteiriços”, diz, ao relembrar ataques a porta-mísseis navais pelas tropas ucranianas e as investidas contra refinarias russas.