As ações da Petz (PETZ3) fecharam em alta expressiva de 37,14% nesta sexta-feira (19), cotadas a R$ 4,80. Os papéis chegaram a entrar em leilão na manhã de hoje por oscilação máxima permitida. O gatilho foi o anúncio de fusão com a Cobasi, que trabalham para juntar os negócios e criar uma gigante do setor de animais de animação. O Ibovespa, por sua vez, subiu 0,75%, aos 125.124,30 pontos.
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O acordo, antecipado pelo Broadcast, foi divulgado após o anúncio de um memorando de entendimentos não vinculante (MoU) para a possível combinação de negócios. As negociações já ocorrem há mais de três anos, segundo apurou o Estadão.
A Petz, do empresário Sergio Zimerman, nasceu após uma tentativa fracassada de ser um franqueado da Cobasi. A solução foi abrir sua própria loja, em 2002. No ano passado, a empresa registrou receita bruta de R$ 3,8 bilhões, em 249 lojas. A Cobasi, por sua vez, reportou receita de R$ 3,1 bilhões, com 234 lojas. Agora, Zimerman conseguirá finalmente unir sua trajetória à da Cobasi.
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Caso o negócio seja fechado, Petz e Cobasi farão uma fusão entre iguais, sendo que cada uma ficará com 50% da nova empresa. A união pode gerar uma receita bruta de R$ 6,9 bilhões, 483 lojas e pelo menos 20 marcas, como ZeeDog, Petix, Flicks e Spike!, conforme antecipou o Broadcast com fontes a par do assunto.
Paulo Nassar, da Cobasi, se tornará presidente executivo e Zimerman irá para a presidência do Conselho. Em teleconferência com investidores nesta manhã, Zimerman disse que as duas empresas terão energia e munição para avançar. “Petz e Cobasi vivem uma guerra que sangra empresas e vão parar de gastar munição”, disse. “Com Cobasi e Petz unidas, entregaremos retorno superior ao capital do acionista”.
De acordo com a Ativa Investimentos, a fusão é positiva para as companhias. “Ambas as empresas possuem planos de abertura de lojas agressivos, e a fusão traz consigo uma economia nesse sentido, visto que, anteriormente, onde abria uma loja da Petz ou da Cobasi, existia a chance de a concorrente abrir uma loja próxima. Com a fusão, essa necessidade competitiva é eliminada”, afirma a Ativa.
Vale lembrar que a consumação da operação está sujeita à negociação e à celebração dos documentos definitivos, ao cumprimento de determinadas condições precedentes, tais como a aprovação da pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e à realização de diligências legal, operacional, contábil e financeira.
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Zimerman deu uma entrevista ao Estadão em março para a série ‘DNA da Liderança’. Nela, o paulistano do Brás relata altos e baixos na trajetória profissional, do primeiro negócio, na pele do palhaço Salsicha, ao empreendimento que chegou à Bolsa de Valores.
*Com informações do Broadcast