A presidente da Petrobras (PETR3:PETR4), Magda Chambriard, disse por mais de uma vez, em sua primeira entrevista coletiva, que o foco de sua gestão vai ser acelerar as atividades de exploração (procura) de petróleo para repor as reservas da estatal. Ela lembrou que as reservas de óleo da empresa, ainda muito baseadas no pré-sal, entram em declínio a partir de 2030.
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“Enquanto empresa de petróleo, temos que pensar em repor reservas. Produzir petróleo em águas ultra profundas é o que sabemos. O foco não poderia ser outro que não zelar pela produtividade. E, para isso, é essencial repor reservas”, disse, nesta segunda-feira (27) à noite.
“A sobrevivência da Petrobras tem um grande componente que é a produção desses reservatórios, tempestiva, com máximo aproveitamento, majoração do potencial dos recursos, mas reposição de reservas. Para nós, é essencial repor reservas, continuar explorando petróleo no litoral brasileiro. A Margem Equatorial está nesse contexto, o litoral do Amapá e o do Rio Grande do Sul (onde fica a Bacia de Pelotas) estão nesse contexto”, disse.
Para além dessas chamadas “novas fronteiras”, Magda disse haver espaço para novas descobertas no próprio pré-sal, ainda que não seja nada tão grande como foram os campos do passado, entre os quais citou Tupi, de onde vem a maior produção da empresa.
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Ela também não descartou a internacionalização da exploração, ao lembrar que trata-se de uma empresa internacionalizada, mas disse que a prioridade total é a geração de riqueza no litoral brasileiro. No ano passado, a Petrobras anunciou a volta das atividades na costa oeste da África, onde adquiriu participação em blocos da Shell em São Tomé e Príncipe e negocia para entrar no litoral da Namíbia, como revelou o Broadcast.
Exploração da Petrobras e o Ministério do Meio Ambiente
Questionada sobre a resistência do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em liberar a exploração nessas áreas, Chambriard disse que a pasta de Marina Silva precisa ser mais esclarecida sobre essa necessidade premente da Petrobras de repor reservas. “O Ministério do Meio Ambiente precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade de o Brasil explorar a Margem (Equatorial) e perfurar esses poços, até para liderar a transição”, disse sobre o MMA.
Sobre isso, a nova presidente da Petrobras ainda afirmou que o cuidado da empresa vai muito além do que demanda a lei ambiental, o que vai ficar claro pela condução da empresa no tema. Ela também afirmou que a Petrobras vai seguir investindo na diversidade de fontes de energia capazes de garantir o futuro da companhia.
Fornecedores nacionais
Chambriard também lembrou que terá como função reforçar a cadeia de fornecedores nacionais, assunto que acompanha há muitos anos, desde os tempos na Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Todos os contratos têm igualdade de oportunidades para fornecedores nacionais e estrangeiros. Vamos ter que honrar a igualdade de oportunidades entre fornecedor nacional e externo”, disse Magda.
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