As melhores ações para investir em junho, segundo 10 corretoras

O Ibovespa encerrou maio com o pior nível do ano, após recuar 3,04% ao longo do mês e fechar o pregão da última sexta-feira (31) em desvalorização de 0,5%, aos 122.098,09 pontos. Este foi o patamar mais baixo desde 13 de novembro de 2023, quando o principal índice da Bolsa brasileira fechou aos 120.410,17 pontos – veja os detalhes aqui. Por trás da forte queda das ações, estão diferentes preocupações domésticas.

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No começo de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual. A decisão resultou de um placar apertado, com cinco votos a favor do corte executado e quatro a favor de um corte maior. Vale destacar que todos os dirigentes que votaram pela redução de 0,50 ponto percentual foram indicados pelo atual governo.

Dessa forma, o “racha” despertou temores no mercado e expôs uma possível mudança de condução da política monetária a partir do próximo ano, quando a composição da diretoria estará majoritariamente alinhada ao governo atual.

Nas últimas semanas, as edições do Boletim Focus também trouxeram revisões para cima nas projeções para a Selic. Com base nas premissas do relatório, o mercado passou a projetar uma taxa de juros de 10% ao final deste ano, acima dos 9% estimados no início de 2024.

Para o time de análise da Ágora Investimentos, o maior cenário de pessimismo se dá por diferentes razões. “Esse movimento está relacionado à piora das perspectivas em relação à trajetória fiscal, à inflação ligeiramente acima do previsto (principalmente devido ao aumento dos preços das commodities agrícolas), às expectativas desancoradas para a inflação de longo prazo e às incertezas sobre o futuro da política monetária no Brasil”, afirma a equipe em relatório.

O mês também foi marcado por decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que manteve as taxas nos Estados Unidos na faixa entre 5,25% a 5,50% ao ano. A ata da reunião mostrou que vários dirigentes da autoridade monetária têm disposição para apertar ainda mais a política monetária no país caso seja necessário, o que reduziu as expectativas por um corte dos juros americanos no curto prazo.

As recomendações para junho

Em maio, o grande destaque corporativo ficou por conta da Petrobras (PETR3;PETR4), que passou por uma troca de CEO. Na noite do dia 14, foi anunciado que Jean Paul Prates deixaria a companhia, o que levou as ações da petroleira a caírem mais de 6% no pregão seguinte, fazendo a estatal perder R$ 34 bilhões em valor de mercado em uma única sessão.

A escolhida para substituir Prates no comando da empresa foi Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff. Em sua primeira entrevista ao mercado, a executiva se mostrou otimista com futuros lucros da companhia e afirmou que a petroleira deve pagar dividendos aos seus acionistas desde que a lógica empresarial seja respeitada.

Após a turbulência enfrentada em maio, as ações da Petrobras são as mais recomendadas para junho, sendo citadas por seis casas das dez consultadas pelo E-Investidor. O time da Ágora acredita que, embora ainda permaneçam dúvidas sobre a nova gestão da estatal, os papéis da petroleira seguem descontados e devem compor uma remuneração atrativa aos acionistas através da distribuição de dividendos robustos.

Outra ação que se destaca nas recomendações para junho é a Vale (VALE3), com seis indicações nas carteiras recomendadas de corretoras e bancos. O papel da empresa é o preferido do Itaú BBA para o setor de mineração e siderurgia, diante das expectativas de que os preços do minério de ferro continuem em torno de US$ 115 a US$ 120 por tonelada.

“Além disso, esperamos que as principais discussões da Vale, como o acordo sobre o desastre de Mariana, não demorem para ser resolvidas. Assim, acreditamos que pode haver catalisadores significativos para o preço da ação no curto prazo”, destaca o time de análise da casa.

O Itaú BBA também enxerga um bom potencial nas ações da Sabesp (SBSP3), recomendadas por quatro carteiras para junho. “A companhia está em vias de ser privatizada, o que destravaria um enorme valor e geraria um potencial de valorização relevante para suas ações”, destaca a casa. A mesma opinião é seguida pela Ágora, cuja tese para o investimento nos papéis da empresa segue relacionada ao processo de privatização da companhia.

Veja a seguir todas as carteiras completas para junho:

Ágora

A Ágora realizou uma alteração em sua carteira recomendada de ações para junho. A corretora retirou as ações da Embraer (EMBR3) e incluiu os papéis da Telefônica Brasil (VIVT3).

BB Investimentos

Na carteira para junho do BB, foram trocados todos os papéis. Entraram Allos (ALOS3), Copel (CPLE6), JBS (JBSS3), Pão de Açúcar (PCAR3) e Vamos (VAMO3). Enquanto isso, saíram Eneva (ENEV3), Iguatemi (IGTI11), Petz (PEZ3), Localiza (RENT3) e Tim (TIMS3).

Empiricus

A Empiricus não realizou nenhuma alteração em sua carteira recomendada de ações para junho.

Genial Investimentos

Em relação ao mês de maio, saíram as ações da Brasil Agro (AGRO3), Aura Minerals (AURA33), Cemig (CMIG4), Prio (PRIO3) e Weg (WEGE3). Por outro lado, foram incluídos os papéis da Méliuz (CASH3), CPFL Energia (CPFE3), Hapvida (HAPV3), Odontoprev (ODPV3) e Taesa (TAEE11).

Guide Investimentos

A Guide fez quatro alterações para junho. A corretora retirou as ações do Assaí (ASAI3), Cyrela (CYRE3), Lojas Renner (LREN3) e Suzano (SUZB3), colocando, no lugar, os papéis da C&A (CEAB3), Klabin (KLBN11), Petrobras (PETR4) e Totvs (TOTS3).

Itaú BBA

Para junho, o Itaú realizou três alterações em seu radar de preferências. Entraram Klabin (KLBN11), Vale (VALE3) e B3 (B3SA3) no lugar de Suzano (SUZB3), Usiminas (USIM5) e Caixa Seguridade (CXSE3).

Órama

A Órama fez duas trocas em sua carteira recomendada de ações. Retirou os papéis da Klabin (KLBN11) e da Vale (VALE3), incluindo, em substituição, as ações da Suzano (SUBZ3) e da 3R Petroleum (RRRP3).

PagBank

O PagBank realizou duas mudanças em sua carteira de ações para junho. Saíram os papéis do BTG Pactual (BPAC11) e do Iguatemi (IGTI11), com inclusão dos ativos do Itaú (ITUB4) e do Copel (CPLE6).

Santander

Para o mês de junho, o Santander retirou as ações da Ultrapar (UGPA3) e incluiu os papéis da RaiaDrogasil (RADL3).

Terra Investimentos

A Terra fez uma modificação na carteira de ações para junho. A corretora adicionou os papéis da Petrobras (PETR4) e retirou os ativos da RaiaDrogasil (RADL3).

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