O dólar operou perto da estabilidade nesta terça-feira (18) ante os principais rivais, em uma sessão com a divulgação de indicadores americanos e a fala de uma série de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Apesar das muitas sinalizações, houve pouca mudança nas perspectivas para corte de juros na maior economia do mundo. Já na zona do euro, os temores políticos que vinham pressionando o euro nas últimas sessões foram parcialmente dissipados. Por outro lado, destaque na sessão foi o rublo russo, que teve forte avanço ante a divisa americana.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 157,85 ienes, o euro avançava a US$ 1,0741 e a libra tinha alta a US$ 1,2708. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,06%, a 105,256 pontos. As vendas no varejo dos EUA caíram 0,1% em maio, na comparação mensal, abaixo dos 0,3% estimados por analistas consultados pela FactSet. O resultado veio acompanhado por revisões para baixo nos números de abril, de estabilidade para queda de 0,2% no confronto mensal.
A Capital Economics avalia que o resultado é consistente com um crescimento fraco do PIB americano no segundo trimestre de 2024 e reflete que as famílias podem não ser “tão resistentes a taxas de juros mais altas como estávamos começando a acreditar”. Na arena política, a eleição da França para o Legislativo segue como foco importante. O Danske Bank comenta que o fato de que Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, dizer que pretende trabalhar com o presidente Emmanuel Macron se eleita deu alívio a ativos franceses.
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O Barclays diz que as pesquisas mostram a coalizão de Macron “espremida” entre a coalizão de esquerda e a extrema-direita. Os dois cenários mais prováveis significariam uma divisão de poder entre o Exército e o Legislativo, ou um governo de “coabitação”, como se diz no país. O rublo russo opera com forte valorização, dando continuidade ao processo visto desde a semana passada, quando uma nova rodada de sanções foi imposta pelo Ocidente sobre a Rússia e resultou na suspensão de operações em dólares e euros na Bolsa de Moscou.
Operadores observam que o controle de capitais no país, a alta taxa de juros e as ações do Kremlin para driblar as sanções também influenciam a moeda russa. No fim da tarde, o dólar caía a 85,3739 rublos, enquanto ontem, o dólar era negociado a 88,4730 rublos.