O filme da Pixar “Divertida Mente 2” acabou de estrear no Brasil e já é um sucesso – algo totalmente esperado, já que a primeira versão, de 2015, conquistou o coração de muita gente por aqui.
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A animação, que fala sobre as emoções humanas (no primeiro filme, de uma criança, e no segundo, de uma adolescente), agrada também a adultos por um motivo: todos nós sentimos e temos dificuldades em lidar com emoções às vezes.
Quando o assunto é dinheiro, essas emoções também podem nos influenciar, já que questões psicológicas e comportamentais moldam os nossos hábitos financeiros. A forma como fomos criados impacta em como reagimos ao mundo e ao que nos traz tristeza, alegria, medo etc.
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E o dinheiro também é, muitas vezes, atrelado a determinadas emoções.
Pessoas que crescem em famílias onde há muita briga por conta de dinheiro tendem a associar emoções negativas às finanças e, por isso, costumam enfrentar dificuldades para planejar e criar metas mais ambiciosas.
Já quem teve uma criação em que o dinheiro era muito abundante, sem critérios para compras, pode não desenvolver medo de perdê-lo. Mas a cautela é importante, por exemplo, para não investir em ativos de altíssimo risco ou não cair em golpes.
Independentemente da nossa origem, todos sentimos, em algum grau, cada uma dessas emoções. E também as mais complexas, muito bem representadas nesse novo filme: ansiedade, tédio, vergonha e inveja. A diferença é como cada um de nós lida com elas.
Como as emoções impactam nosso comportamento financeiro?
Você certamente já se viu fazendo isso ou conhece alguém que tem este hábito: quando está triste, com raiva ou entediado, desconta essas emoções em compras, seja enchendo o carrinho da loja on-line, seja dando uma voltinha no shopping.
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Ou vai a uma festa com amigos e, após beber um pouco e entrar em estado de intensa alegria, gastou mais do que devia. Esqueceu o preço das bebidas e pediu uma rodada para todo mundo.
Mesmo quem tem um pouco mais de conhecimento financeiro e já investe, por exemplo, está suscetível ao impacto das emoções. Prova disso é quando um ativo da bolsa de valores cai de valor drasticamente após uma notícia negativa.
Dominados por medo e ansiedade, os investidores podem vender suas ações, mesmo elas valendo menos do que compraram, pela simples impaciência e falta de clareza mental momentânea. Esquecem que, após algum tempo da notícia negativa ter saído, é muito provável que aquele ativo volte a crescer e/ou se estabilizar.
Como controlar as emoções e ter uma vida financeira estável?
A principal coisa para conseguir fazer um gerenciamento eficiente de emoções é se autoconhecer. Saiba identificar o que você está sentindo e quais atitudes são consequência disso.
“Sou muito ansioso e, quando tenho crises, costumo comprar demais”. Ótimo, você identificou um padrão. Então, o que é possível fazer em casos como este? Uma caminhada no parque ou frequentar a academia pode ser a resposta.
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Em resumo, troque hábitos nocivos por saudáveis e entenda que as emoções são importantes, mas não podem te tirar do controle das decisões.
O medo, por exemplo, é importante para nos alertar sobre riscos e nos fazer pensar melhor. O que não se pode deixar é que ele nos paralise. Ao senti-lo, tire um tempo, reflita e depois tome a decisão da forma mais racional possível.
Quando decidir fazer uma compra se sentindo muito alegre, cuidado para não agir por impulso. Espere um pouco e pergunte-se: se essa oportunidade surgisse amanhã, logo que eu acordasse, me sentindo tranquilo, eu ainda tomaria esta decisão?
A ansiedade vai te ajudar a fazer planejamentos baseados nos seus sonhos e te impulsionar a chegar lá o mais rápido possível. Mas saiba dosar com paciência, para não querer pôr tudo a perder. E
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Por fim: cuidado com a inveja. Quando você olha muito para o outro, além de correr o risco de, ao conquistar o mesmo, perceber que não era o que você realmente queria. Quanto mais você olha e foca em você e não nos outros, mais rápido e melhor você cresce.
Colaboração: Giovanna Castro