- Selic estacionada, volatilidade na curva de juros e inflação doméstica vai pesar nas dívidas corporativas
- BB-BI recomenda o investimento em títulos de crédito privado com isenção de imposto de renda para pessoa física
- Na carteira de julho, BB-BI trouxe títulos de crédito privado indexados ao IPCA e ao CDI
A renda fixa permanece como alternativa fundamental no portfólio dos investidores brasileiros. Muito tem se falado sobre os títulos públicos, mas existem opções no crédito privado que podem garantir bons retornos — e com isenção de imposto de renda para pessoa física. Pensando no assunto, o BB Investimentos (BB-BI) selecionou 8 títulos para a carteira de julho.
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Em relatório, os analistas Viviane Silva, Melina Constantino e Fernando Cunha lembram que o cenário de juros elevados por mais tempo deixará o ambiente de negócios com condições financeiras mais apertadas. Isso, por consequência, vai pesar nas dívidas corporativas, o que levou a equipe a selecionar títulos de crédito privado incentivados de emissores que tenham perfil de risco ‘high grade’ (maior nível de segurança relativa).
“Após um período de compressão significativa de spreads de crédito, em razão das alterações regulatórias no início do ano que impactaram lastros e prazos de emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), vimos maior estabilidade de prêmios de risco desde maio”, dizem os analistas do BB-BI.
Segundo eles, além da taxa básica de juros (Selic) mantida a 10,5% ao ano, a maior volatilidade da curva de juros e a desancoragem das expectativas de inflação doméstica também favorecem a aplicação nos títulos privados. “Esta dinâmica reflete um maior equilíbrio entre a oferta e demanda de crédito privado”, explicam.
Títulos de crédito privado para julho recomendados pelo BB-BI
Na carteira de julho, os títulos de crédito privado selecionados pelo BB Investimentos apresentam diferentes indexadores e durações. Por se tratarem de papéis incentivados, há uma maior concentração no setor de infraestrutura.
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“Privilegiamos os ativos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que têm por objetivo a proteção contra a inflação, com a seleção de seis emissores e nove papéis. Ainda considerando o momento atual de maior incerteza e a pausa do ciclo de queda de juros no país, selecionamos dois títulos com prazos de vencimento mais curtos indexados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).”
