A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) realiza todos os anos um levantamento dos preços de remédios praticados por estabelecimentos comerciais na Capital paulista e em cidades do interior do Estado. Em 2024, o estudo encontrou diferenças expressivas para 48 medicamentos pesquisados, nas seis principais redes do setor, responsáveis por farmácias e drogarias.
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O Procon considerou tanto os valores encontrados em sites oficiais das empresas como os preços aferidos a partir de visitas aos estabelecimentos. Além da Capital paulista, foram pesquisados os municípios de Araçatuba, Bauru, Campinas, Jaú, Jundiaí, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Vicente e Sorocaba. Os dados foram coletados entre os dias 27 e 29 de maio.
Entre os genéricos, a discrepância nos preços chegou a nada menos do que 685%: em um estabelecimento no município de Presidente Prudente, o valor da Nimesulida foi de R$ 23,49. Em outro, foi encontrado a R$ 2,99, com a mesma quantidade.
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Já entre os medicamentos de referência, a maior diferença registrada foi na Baixada Santista: 124%. O medicamento Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline, foi encontrado por R$ 67,08 e em outra por R$ 29,95, nas mesmas condições.
Além disso, no levantamento da equipe de pesquisadores da capital, entre os sites das seis grandes redes de farmácias e drogarias, a maior diferença foi de 229%, também entre produtos genéricos. A Dipirona Sódica era vendida a R$ 7,81 em uma das páginas oficiais e por R$ 2,37 no site de uma concorrente, com a mesma quantidade.
Vale ressaltar que os medicamentos analisados pela pesquisa anual do Procon-SP estão entre os mais procurados pelos consumidores e dispensam a necessidade de receita ou prescrição médica. Além disso, só foram considerados aqueles que puderam ser encontrados em no mínimo três estabelecimentos.