A produção de minério de ferro da Vale (VALE3) no segundo trimestre de 2024 deverá ser 1% menor em comparação ao mesmo período de 2023. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, espera-se um aumento de 10% nesse mesmo período. Segundo a Genial Investimentos, este crescimento trimestral é atribuído à entrada do período mais seco nas minas na região sudeste do Brasil.
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A corretora estima que a companhia deverá produzir 77,9 milhões de toneladas de minério de ferro entre abril e junho de 2024. Os analistas comentam que o preço realizado da commodity deverá ter um impacto negativo no provisionamento feito pela empresa para a proteção cambial, porém menos intenso do que no trimestre anterior. O preço médio do minério de ferro refinado teve em desaceleração em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
“Isto posto, estimamos o preço realizado pela companhia para finos de minério de ferro em US$ 103 por tonelada, alta de 2,3% entre o primeiro trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2023 e avanço de 4,6% entre o segundo trimestre de 2024 e o segundo trimestre de 2023. Entretanto, vemos os com prêmios ainda em território negativo, de cerca de -US$ 1,5 por tonelada, sem mudança em relação ao primeiro trimestre de 2024”, afirmam Igor Guedes, Rafael Chamadoira e Iago Souza, autores do relatório da Genial.
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A corretora prevê lucro líquido de US$ 2,1 bilhões para a Vale no segundo trimestre de 2024, representando um aumento de 8,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 9,7% em relação ao segundo trimestre de 2023. As estimativas de receita são de US$ 10,2 bilhões, crescendo 19,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e 5,7% ante o segundo trimestre de 2023.
“Ressaltamos que nossa estimativa será atualizada após a publicação do relatório de revisão de produção e vendas, programada para 16 de julho pela Vale. O resultado financeiro do segundo trimestre de 2024 está marcado para ser divulgado em 22 de julho”, explicam os analistas.
Recomendação para VALE3
A Genial mantém recomendação de compra para as ações da Vale, com preço-alvo de R$ 78,50, um aumento de 24,56% em relação ao fechamento de terça-feira (9), quando a ação encerrou o pregão cotada a R$ 63,02. Esta escolha está respaldada pela atenção do mercado às possíveis expansões de suporte financeiro do Banco Popular da China (PBoC) para o setor imobiliário, especialmente após melhorias nos indicadores de vendas decorrentes do relaxamento das medidas hipotecárias em maio.
“No entanto, os estoques de minério de ferro nos portos chineses aumentaram pela segunda semana consecutiva, atingindo 130 milhões de toneladas em 5 de julho, o maior patamar em cinco anos desde o final de abril. Este cenário impactou negativamente o sentimento dos traders (negociadores) nos contratos futuros, com o minério de ferro devolvendo parcialmente os ganhos da semana anterior”, argumentam.
Os especialistas observam também que a forte conexão entre a economia da China e o mercado de minério de ferro parece ser um fator determinante. Espera-se que a conclusão de acordos reduza as incertezas do mercado e melhore, parcialmente, a escalabilidade das ações da Vale. “Por outro lado, as preocupações contínuas com a economia chinesa ainda são um ponto de cautela para os gestores de fundos ao considerarem aumentar suas posições neste ativo, conforme observado em nossas conversas com investidores”, explicam Guedes, Chamadoira e Souza, da Genial.
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