- Pandemia continua causando medo no mercado
- Real volta a se desvalorizar em relação à moeda americana
- Investidores ainda aguardam o corte na Selic
O Ibovespa apresentou forte queda nesta quarta feira, 18, e agravou a crise que o Brasil e o mundo passam por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Após uma leve alta no dia de ontem, o principal índice da B3 fechou o dia com queda de 10,35% e alcançou os 66.894,95 pontos, menor cotação desde 10 de agosto de 2017. Durante o pregão, foi acionado um novo circuit breaker: o sexto em um intervalo de oito pregões..
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Desvalorização do real
A moeda brasileira segue se desvalorizando e o dólar comercial avançou 3,9%, a R$ 5,197 na compra e R$ 5,1976 na venda, atingindo nova máxima nominal histórica de fechamento.
Além do novo circuit breaker, também contribuiu para essa forte queda da Bolsa de Valores o corte na projeção da economia brasileira por diversos bancos e casas de análise.
O Santander revisou de 2% para 1% sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020; o UBS cortou sua projeção de 1,3% para 0,5%. Já o Credit Suisse reduziu de 1,4% para 0 sua previsão do PIB brasileiro.
Bolsas no exterior
As bolsas da Europa, Ásia e a dos EUA também fecharam em forte queda. Em destaque está a queda do preço do barril do petróleo na Inglaterra e nos Eua.
Em Londres, o petróleo tipo Brent caiu para US$ 24,88 o barril, menor cotação janeiro de 2002 e em Nova Iorque o petróleo do tipo WTI para maio fechou em US$ 20,98 o barril, menor valor desde abril de 1999.
Para amanhã, os investidores esperam o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que deve realizar hoje o corte de 0,5 ponto percentual na Selic e reduzir a taxa para 3,75%.
Além disso, o mercado espera os impactos do novo plano de combate ao Covid-19 pelo governo federal. Entre as medidas, estão a renegociação de dívidas de contribuintes com a União, ajuda de R$ 200 para autônomos e socorro a empresas aéreas.