A Brazil Potash, empresa sediada no Canadá que detém 100% da Brasil Potássio, entrou com pedido na Securities and Exchange Commission (SEC) – a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana – para fazer sua abertura de capital (IPO, em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Caso a operação seja aprovada, suas ações devem ser negociadas sob o ticker “GRO”.
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A empresa não revelou o número de papéis da Brazil Potash que pretende vender nem deu uma faixa de preço indicativa antecipada. No prospecto preliminar, a companhia informou que deseja usar os recursos captados para financiar o desenvolvimento de suas operações e cita a compra de terras e o projeto Autazes, no Amazonas. A iniciativa, focada na produção do fertilizante de cloreto de potássio, vai exigir investimentos previstos em US$ 2,5 bilhões.
Fora os custos com o projeto propriamente dito, a Brazil Potash também prevê a celebração de um acordo com a comunidade indígena Mura para redução de impacto na região próxima ao município de Autazes, no Amazonas. O contrato deve ser realizado no segundo semestre de 2024 a um custo estimado de US$ 2,5 milhões.
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A empresa estipula ainda a compra de terras adicionais, que serão usadas principalmente para os locais de rejeitos empilhados a seco. A aquisição deve ser concluída no primeiro semestre de 2025, a um valor projetado de US$ 2,8 milhões.
Para o IPO da Brazil Potash, a empresa contratou Cantor Fitzgerald, Bradesco BBI, Freedom Capital Markets, Roth Capital Partners e Clarksons Securities.
Como a Brazil Potash atua?
A Brazil Potash se descreve como uma empresa de exploração e desenvolvimento mineral. Suas operações técnicas estão baseadas em Autazes, no Amazonas, e em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. O escritório corporativo da companhia, por sua vez, está localizado em Toronto, no Canadá.
A companhia destaca que está na fase de pré-desenvolvimento de receitas e ainda não iniciou nenhuma operação de mineração. O plano de trabalho para os próximos anos inclui a obtenção de todas as licenças ambientais necessárias para o projeto Autazes. Após a obtenção dos recursos necessários, a empresa dará início a todas as fases da construção da iniciativa.
Assim que as atividades começarem, as operações da Brazil Potash serão focadas na extração e no processamento de minério de potássio, com a posterior venda e distribuição do produto processado no Brasil.
As outras empresas brasileiras que podem realizar um IPO em NY
Outra companhia brasileira já realizou solicitação de IPO à SEC neste ano. A Moove, empresa do grupo Cosan (CSAN3) que opera com a fabricação e venda de lubrificantes, entrou com pedido confidencial de abertura de capital nos Estados Unidos no início de julho.
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Além da Brazil Potash e da Moov , são citados como potenciais candidatos a Wellhub, novo nome da Gympass, e a Vale Base Metals, unidade de metais básicos da Vale (VALE3). O último IPO do Brasil em Nova York foi do Nubank (NU), em dezembro de 2021.
Há também quem faça o movimento oposto. Após realizar seu IPO em setembro de 2020 na Nasdaq, a Vitru Educação (VTRU3), instituição privada de ensino a distância no Brasil, migrou suas ações para a B3. Os papéis da empresa começaram a ser negociados na Bolsa brasileira na segunda semana de junho. No comunicado sobre a decisão, a companhia destacou que a listagem por aqui permite que “uma gama maior de investidores institucionais nacionais e pessoas físicas brasileiras”, que não podem ou preferem não investir na Bolsa americana, tenham acesso à ação.
*Com informações do Broadcast