O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, defendeu que o mercado de capitais não se limita à Bolsa e prova disso é a evolução do mercado de renda fixa, do qual as empresas têm se beneficiado para captação. “O mercado de renda fixa é o grande destaque deste ano e continua animado”, disse durante a 25ª Conferência do Santander Brasil.
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Ele lembrou que o mercado de capitais local é a primeira opção para captação pelas empresas, citando haver várias emissões acima de 10 anos, o que era “inimaginável” há alguns anos.
“Avançamos muitos nos últimos cinco a sete anos e trabalhamos em vários aspectos que são uma preocupação do mercado de capitais, entre os quais regulatórios, de autorregulação, que amadureceu de 10 anos para cá para que o mercado seja saudável, com enfrentamento de várias agendas no mercado de capitais”, acrescentou.
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Finkelsztain disse que normalmente a saúde do mercado é avaliada pelo número de IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês). Mas que o mercado de capitais envolve a renda fixa, um mercado tradicionalmente protagonista no Brasil, pelos gargalos de infraestrutura e pela taxa de juro real elevada.
O presidente da B3 afirmou ainda ter convicção de que listar empresas no Brasil faz mais sentido do que uma listagem no exterior. “Listar no exterior é 10 vezes mais caro e talvez a liquidez seja o ponto mais crítico”, afirmou. Ele citou como exemplo o caso de “uma empresa” que se deslistou da Bolsa de Nova York e conquistou uma liquidez quatro vezes maior do que tinha lá fora. “Empresa brasileira corre o risco de ficar órfã lá fora”, afirmou. De toda forma, o presidente da Bolsa afirmou que há entre 50 a 100 empresas já preparadas para fazer IPO.