O dólar hoje começou a inverter o sinal de abertura e às 10h10 já exibia alta de 0,35%, cotado a R$ 5,61 na venda. No início da sessão, a moeda americana apresentava leve queda de 0,15% em relação ao real, cotado a R$ 5,5736, dando continuidade às perdas registradas na sessão anterior.
Investidores avaliam, nesta terça-feira (10), os novos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto e aguardam com certa expectativa os números da inflação dos Estados Unidos que serão divulgados ao longo da semana.
O IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, registrou queda de 0,02% em agosto, conforme dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dois dos nove grupos analisados contribuíram para essa primeira deflação do ano, a menor desde junho de 2023 (-0,08%).
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O grupo Alimentação e bebidas caiu 0,44%, puxando o índice geral para baixo em 0,09 ponto percentual (p.p.), enquanto o grupo Habitação recuou 0,51%, com uma contribuição negativa de 0,08 p.p. Juntos, esses dois grupos, que representam 36,53% do IPCA, foram determinantes para o resultado. O IPCA de agosto representa uma desaceleração em relação a julho, quando o índice subiu 0,38%. Em agosto de 2023, a alta foi de 0,23%.
Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,24%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado de 2024, o índice registra alta de 2,85%. O resultado veio levemente melhor do que o esperado pelo mercado, que previa uma variação de 0% no mês e 4,26% em 12 meses.
Para o líder de de renda variável e sócio da A7 Capital, André Fernandes, com esses dados, o mercado deve seguir pressionando o Comitê de Política Monetária para aumentar os juros, mas, segundo ele, parte do mercado ainda acredita que uma manutenção seria o melhor movimento. “Com o IPCA melhor que o esperado e em deflação, e com o FED e Europa cortando juros, o Banco Central deverá ponderar bem se vale a pena dar o aumento que o mercado está pedindo, ou se a manutenção, com o juros já em território restritivo, seria o melhor movimento”, diz.
Dólar exibe alta de 15,03% no ano
Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou em leve queda de 0,14%, sendo cotado a 5,5817 reais. Até agora, a moeda americana exibiu queda de 0,15% na semana, baixa de 0,90% no mês e alta de 15,03% no ano.
Para esta sessão, o Banco Central programou um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento previsto para 1º de novembro de 2024.
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