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Ibovespa hoje avança após inflação americana mostrar aquecimento da economia; veja os destaques da Bolsa

No Brasil, dados de atividade elevam cautela no índice hoje junto ao início do período de silêncio do Copom

Ibovespa hoje avança após inflação americana mostrar aquecimento da economia; veja os destaques da Bolsa
Ibovespa, o principal índice da B3. (Fotoa: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,29%, aos 134.712 pontos nesta quarta-feira (11). A abertura de negócios ocorre de olho nos dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos em agosto, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que mostra um aquecimento da economia por lá. No Brasil, inicia-se o período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom), quando seus membros ficam proibidos de se manifestar sobre a conjuntura econômica antes da decisão de juros da semana que vem – confira aqui a agenda do dia.

Apesar do tom negativo no mercado futuro das bolsas de Nova York, o principal índice da B3 hoje pode ter um dia de ganhos, impulsionado pela força das commodities e dados de atividade brasileira. No último pregão, o Índice Bovespa ignorou o alívio após dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e fechou em queda, pressionado por ações da Petrobras (PETR3; PETR4) – veja aqui.

Investidores devem acompanhar a reação do mercado hoje com a divulgação do CPI americano. O indicador avançou 0,2% em agosto, na margem (previsão: 0,2%), e 2,5% na comparação anual (previsão: 2,6%), enquanto o núcleo do indicador mensal ficou em 0,3%, pouco acima da elevação de 0,2% esperada por analistas.

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No geral, os números sugerem que a economia americana segue aquecida, mas não tão robusta e com uma inflação que ainda resiste. Assim, sobem as apostas de uma alta do juro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de 0,25 ponto porcentual na próxima semana.

O que direciona o Ibovespa hoje

Dados da atividade

Aqui, o volume de serviços prestados subiu 1,2% em julho ante junho e superou o teto das estimativas. A expansão tende a elevar a cautela dos agentes com a inflação interna e consequentemente reforçar as apostas de uma alta da Selic de 0,25 ponto porcentual no Copom deste mês.

Para Rafael Perez, economista da Suno Research, a combinação de um mercado de trabalho aquecido, melhores condições de crédito e o aumento das transferências sociais do governo explicam a expansão do setor de serviços ao longo do ano. Esses fatores, cita em relatório, devem seguir impulsionando os serviços nos próximos meses. “Esse cenário de atividade mais aquecida corrobora nossa projeção de uma alta de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024″, estima.

Bolsas internacionais

As bolsas internacionais operam sem direção única. Os futuros de Nova York recuam enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) renovam mínimas após o debate entre a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o rival republicano, o ex-presidente Donald Trump.

O rendimento da T-Note (títulos emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA) de 2 anos caiu nesta manhã ao menor nível desde setembro de 2022. A pesquisa da SSRS e da CNN mostrou que 63% dos eleitores consideraram Harris a vencedora do embate, contra 37% que favoreceram Trump.

O iene se fortaleceu ao maior nível frente ao dólar nesta madrugada após a dirigente Junko Nakagawa, do Banco do Japão (BoJ), reforçar que a autoridade monetária pretende seguir subindo juros se as condições econômicas evoluírem conforme o esperado.

No Reino Unido, a produção industrial recuou 0,8% em julho ante junho aquém do esperado por analistas, que previam alta de 0,3% no período.

Commodities

petróleo dispara em torno de 2% após o tombo de 4% da véspera. Já o minério de ferro fechou valorizado em 1,09% em Dalian, na China.

Mercado brasileiro

O governo federal não deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma prorrogação no prazo para que o Congresso Nacional e o Poder Executivo cheguem a uma solução consensual sobre a desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios, segundo apurou o Broadcast. O prazo, que já foi adiado uma vez, termina nesta quarta-feira. Caso a Câmara não aprove o projeto de lei até esta data, voltará a valer a decisão do ministro da Corte, Cristiano Zanin, que determinou a retomada da reoneração.

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Já chamado de “confisco” e “pedalada”, o substitutivo do projeto de lei da reoneração da folha de pagamentos aprovado no Senado e agora debatido na Câmara, chegou ao Banco Central (BC) em um tom de alerta. A preocupação seria por causa de uma medida que trata dos recursos esquecidos em instituições financeiras privadas e públicas.

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Segundo lideranças da Câmara ouvidas pelo Broadcast, dúvidas jurídicas sobre esse trecho, que é uma das compensações para a desoneração neste ano, travaram a votação do texto na Casa e podem ter alguma reação no Ibovespa hoje.

*Com informações do Broadcast