Publicidade

Tempo Real

Itaú vê alta da Selic em 2024, a 11,75%, após surpresa com atividade econômica

Analista eleva projeção para crescimento da economia brasileira após dados recentes do PIB

Itaú vê alta da Selic em 2024, a 11,75%, após surpresa com atividade econômica
Veja as projeções do maior banco privado do país para a Selic (Foto: Adobe Stock)

O Itaú Unibanco revisou suas estimativas de Selic após as expectativas de inflação do mercado ficarem desancoradas e de surpresas positivas com a atividade econômica. Os analistas dizem que enxergam um novo ciclo de alta de juros de 1,5 ponto porcentual, para 12% ao ano, até a reunião de janeiro de 2025, mostra relatório publicado nesta quinta-feira (12).

Para o fim de 2024, os analistas do banco comentam que estimam que a taxa básica de juros da economia deve encerrar o ano a 11,75%, uma alta de 1,25 ponto porcentual em relação ao atual nível da Selic, que é de 10,50%. “A revisão acontece em um contexto de câmbio pressionado, expectativas de inflação desancoradas e surpresas positivas com a atividade econômica”, diz Mario Mesquita, economista-chefe que assina o relatório do Itaú.

Para o crescimento da economia brasileira, o especialista estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar 3%, ante uma alta de 2,5% estimada anteriormente. Para o dólar, o especialista estima que a moeda americana deve encerrar o ano cotada a R$ 5,40, contra um patamar anterior de R$ 5,50.

Quais são as estimativas de juros para os EUA?

Se para o Brasil, o especialista espera uma alta de juros. Para a economia americana, a estimativa é de três cortes de 0,25 ponto porcentual ainda esse ano e mais dois cortes no próximo ano, totalizando cinco no total com 2 pontos porcentuais de redução de juros. Mesquita afirma que os cortes iniciais serão de 0,25 ponto porcentual e outros devem ser de 0,50 ponto porcentual.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Continuamos a esperar que o Federal Reserve (Fed) comece o ciclo no ritmo de 0,25 ponto porcentual por reunião, principalmente após a indicação de membros importantes do FOMC após o último relatório de emprego. No entanto, avaliamos que a barra é bastante baixa para uma aceleração do ritmo caso o mercado de trabalho mostre deterioração adicional, com novos aumentos do desemprego, o que reforça um cenário de maior fragilidade para o dólar”, afirma o economista.

De modo geral, ele diz estimar que o Fed Funds deve encerrar 2024 na faixa de 4,5% a 4,75%, que na média fica em 4,6% ao ano. Já para 2025, o Itaú calcula que a taxa de juros dos EUA deve encerrar o ano cotada entre 3,25% e 3,5%, que na média fica em 3,4% ao ano. O crescimento da economia americana deve ficar em 2,7% em 2024 e em 2,2% em 2025.

Na próxima semana, os mercados e os investidores ficarão com toda a atenção voltada para as decisões de juros no Brasil e nos EUA. O Fed deve publicar a decisão de juros na tarde de quarta-feira (18). Já o Copom deve publicar da decisão de Selic na noite de quarta-feira (18).