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Ibovespa hoje sobe após alívio nos números de inflação; veja os principais destaques antes de investir

Dados do IPCA-15 abaixo do esperado podem estimular o índice hoje junto com o minério. Confira os detalhes

Ibovespa hoje sobe após alívio nos números de inflação; veja os principais destaques antes de investir
Ibovespa é o principal índice da Bolsa. (Foto: Adobe Stock)

O Ibovespa hoje abriu em alta de 0,38%, aos 132.662 pontos nesta quarta-feira (25). A abertura de negócios ocorre de olho no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, que pode influenciar a curva de juros futuros, influenciando as apostas sobre o ritmo de alta da Selic.

A valorização do minério de ferro e o alívio na taxa de inflação medida pelo IPCA-15 podem estimular alta do principal índice da B3 hoje. Mesmo assim, o cenário de fraqueza em Nova York ainda pode limitar o fôlego dos ganhos nesta quarta-feira. Na véspera, o Índice Bovespa fechou em alta, interrompendo uma sequência de cinco quedas seguidas – veja aqui.

Investidores acompanham os números do IPCA-15, que avançou 0,13% em setembro, após ter subido 0,19% em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo das expectativas do Projeções Broadcast, que esperavam alta de 0,18% a 0,33%, com mediana positiva de 0,28%.

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No exterior, investidores acompanham as vendas de moradias novas nos Estados Unidos no mês de agosto e estoques de petróleo pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE). A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Adriana Kugler participa de evento sobre perspectivas econômicas. Confira a agenda completa do dia aqui.

O que movimenta o Ibovespa hoje

Juros

A queda dos juros futuros pode empurrar para cima ações mais sensíveis ao ciclo econômico no índice hoje, em meio à percepção de que o Banco Central (BC) seja menos pressionado a promover um novo aumento da Selic, em novembro, acima de 0,25 ponto porcentual.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 10,50% para 10,75% e, na terça-feira (24), a ata reforçou a expectativa de avanço do juro básico mas, para muitos, não indicou qual será o ritmo.

Para Alessandra Ribeiro, diretora de macroeconomia e análise setorial da Tendências Consultoria, ainda que o tom da ata não tenha apontado uma qual será a velocidade da alta do juro básico em novembro, estima que a dose será de 0,50 ponto. “Ainda que não haja um sinal claro aponta para a necessidade de aumento de ritmo já na próxima reunião”, diz.

Bolsas internacionais

As bolsas europeias operam em baixa, seguindo um movimento de realização de lucros, enquanto os índices futuros de Nova York também apontam para uma abertura negativa, após os ganhos recentes.

Na Ásia, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou a taxa de empréstimo de médio prazo de 1 ano de 2,3% para 2%, um dia após o anúncio de um grande pacote de estímulos à economia, mas o impacto sobre os mercados foi limitado.

Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) sobem. Uma pesquisa da CNN mostrou que a corrida presidencial americana está acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump, com Harris ligeiramente à frente (48% contra 47% de Trump).

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OCDE revisou suas projeções de crescimento da economia global para 2024, de 3,1% para 3,2%, e manteve a previsão de 3,2% para 2025.

Commodities

Esta quarta-feira foi mais um dia de grandes altas no minério de ferro. Após subir mais de 4% na véspera, a commodity fechou valorizada em 4,19% em Dalian, na China. O petróleo, por sua vez, acelerou as perdas nas últimas horas e passou a cair em torno de 2,00%.

Mercado brasileiro

No campo fiscal, a pressão sobre o governo brasileiro aumenta, com investidores estrangeiros cobrando o ministro Fernando Haddad para que o Brasil recupere o grau de investimento, perdido em 2015. Haddad admitiu os desafios, mas prometeu acelerar os esforços.

Além disso, fica no radar do Ibovespa hoje a revisão para cima da OCDE das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de 1,9% para 2,9% em 2024, e de 2,1% para 2,6% em 2025, reforçando uma perspectiva mais positiva para a economia do país nos próximos anos.

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*Com informações do Broadcast