- O Ibovespa hoje terminou o dia em baixa de 0,21%, aos 132.730,36 pontos, com volume negociado de R$ 22,8 bilhões
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), SLC Agrícola (SLCE3) e Carrefour (CRFB3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CSN Mineração (CMIN3), Embraer (EMBR3) e Usiminas (USIM5)
O Ibovespa hoje oscilou entre o campo positivo e o negativo, mas acabou por encerrar o dia em queda, pressionado pela piora do desempenho das ações da Vale (VALE3). Nesta sexta-feira (27), a principal referência da B3 terminou o pregão em baixa de 0,21%, aos 132.730,36 pontos, com volume negociado de R$ 22,8 bilhões. O índice abriu a sessão aos 133.009,78 pontos e depois variou entre máxima a 133.923,10 pontos e mínima a 132.628,31 pontos.
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Os papéis da Vale, que na véspera chegaram a saltar 6,01%, encerraram a sessão de hoje em queda de 0,45%. Os ativos começaram o dia em alta, mas inverteram o sinal diante da notícia da Bloomberg de que a Cosan (CSAN3) estaria dizendo a investidores que está considerando todas as opções para melhorar o seu balanço, o que incluiria a venda de parte ou da totalidade de sua participação de 4,1% na Vale.
Joint venture da Cosan com a Shell, a Raízen (RAIZ4) cogita a venda de seu ativo de distribuição de gasolina na Argentina, disseram as fontes ouvidas pelo veículo. Após a publicação da notícia, as ações da Cosan fecharam o dia em alta de 1,47%, enquanto a Raízen encerrou o pregão em valorização de 3,61%.
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Outra papel de peso para o Ibovespa que terminou o dia no campo negativo foi a Petrobras (PETR3;PETR4). As ações ordinárias da petroleira (PETR3) recuaram 0,40%, enquanto as preferenciais (PETR4) caíram 0,39%. O movimento ocorreu mesmo com a valorização dos contratos futuros de petróleo no exterior, impulsionados pelo aumento das tensões no Oriente Médio. As forças militares de Israel atingiram nesta sexta-feira a sede do Hezbollah em uma explosão que matou pelo menos duas pessoas.
Nos Estados Unidos, o grande destaque do noticiário foi a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) americano, medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), que avançou 0,1% em agosto, na comparação com julho, em linha com as expectativas de analistas ouvidos pela FactSet.
“Em conjunto com os indicadores robustos do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na véspera, os números do PCE de agosto não devem alterar significativamente o plano de voo do Fed para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro”, afirma Danilo Igliori, economista chefe da Nomad.
O analista também destaca que o cenário vem confirmando o pouso suave — isto é, a redução da inflação com o menor custo possível sobre a atividade econômica e o emprego —, afastando as preocupações mais alarmantes sobre o enfraquecimento da economia americana.
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq caíram 0,13% e 0,39%, respectivamente, enquanto Dow Jones subiu 0,33%. Os dois primeiros índices foram pressionados por um novo movimento de rotação, com investidores migrando do setor de tecnologia para as chamadas small caps (empresas de menor valor de mercado).
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No mercado doméstico de câmbio, o dólar encerrou a sessão desta sexta-feira em baixa de 0,16%, cotado a R$ 5,4361. Na semana, a moeda americana acumulou uma desvalorização de 1,54% em relação ao real, depois do anúncio de um pacote de estímulos econômicos na China.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), SLC Agrícola (SLCE3) e Carrefour (CRFB3).
Azul (AZUL4): 6,06%, R$ 5,95
As ações da Azul registraram a maior alta do Ibovespa hoje, terminando o pregão em valorização de 6,06% a R$ 5,95. Os papéis estenderam os ganhos observados na véspera, quando subiram 10%%, mostrando que o mercado segue otimista por um acordo entre a companhia aérea e os seus credores.
A AZUL4 está em alta de 10,39% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 62,84%.
SLC Agrícola (SLCE3): 5,84%, R$ 18,66
Quem também se saiu bem no pregão foi a SLC Agrícola (SLCE3), que subiu 5,84% a R$ 18,66, após a companhia atualizar suas projeções de produtividade e custo de produção por hectare para a safra 2024/25. “A empresa destacou um aumento de 11,4% na área plantada e uma significativa redução dos custos de produção, especialmente na soja, o que melhora as perspectivas de produtividade e rentabilidade”, destaca Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
A SLCE3 está em alta de 5,66% no mês. No ano, acumula uma valorização de 3,67%.
Carrefour (CRFB3): 5,45%, R$ 9,28
Outro destaque positivo da sessão foi o Carrefour (CRFB3), que avançou 5,45% a R$ 9,28, sem notícias específicas sobre a empresa no radar dos investidores.
A CRFB3 está em alta de 3,46% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,46%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CSN Mineração (CMIN3), Embraer (EMBR3) e Usiminas (USIM5).
CSN Minerção (CMIN3): -4,03%, R$ 6,91
As ações da CSN Mineração (CMIN3) registraram a maior queda do Ibovespa hoje, após o BB Investimentos rebaixar a recomendação para as ações de neutra para venda, com preço-alvo de R$ 5,90 para 2025. A decisão tem como base a forte oscilação no desempenho operacional da empresa nos últimos trimestres, cenário que limita a visibilidade sobre os resultados futuros e contribui para aumentar a volatilidade das cotações.
A CMIN3 está em alta de 21,65% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 7,74%.
Embraer (EMBR3): -3,71%, R$ 48,27
Outro destaque negativo do índice foi a Embraer (EMBR3), que cedeu 3,71% a R$ 48,27, sem gatilhos específicos no radar.
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A EMBR3 está em alta de 3,07% no mês. No ano, acumula uma valorização de 115,59%.
Usiminas (USIM5): -2,19%, R$ 6,24
As ações da Usiminas (USIM5) também se saíram mal no Ibovespa hoje, encerrando em baixa de 2,19% a R$ 6,24, mesmo com o desempenho positivo do minério de ferro na sessão. Em Cingapura, a commodity subiu 4,40%, enquanto fechou em valorização de 4,38% na Bolsa chinesa de Dalian.
A USIM5 está em alta de 0,16% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 30,51%.
*Com Estadão Conteúdo
