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Quais são os melhores FIIs para investir agora? Veja as recomendações de 9 corretoras

Um fundo de logística foi o grande destaque das recomendações de outubro, seguido por um de shoppings centers

Quais são os melhores FIIs para investir agora? Veja as recomendações de 9 corretoras
Conheça os melhores FIIs para investir em outubro. Imagem: Adobe Stock
  • O Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) fechou o mês de setembro em queda mensal de 2,58%, sua maior queda em 2024
  • Entre os acontecimentos do mês, decisões monetárias nos EUA e no Brasil, além de sinais de desaceleração na China e Europa reduziram a liquidez do mercado
  • O E-Investidor consultou 9 casas sobre os melhores FIIs para investir em outubro. O mais recomendado foi o BTG Logístico (BTLG11)

O Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) fechou setembro em queda mensal de 2,58%. A baixa da referência, que mede a rentabilidade dos fundos de investimentos imobiliários (FIIs), representa sua pior queda do ano, superando a ocorrida em junho, quando recuou 1,04%. Para outubro, os investidores devem analisar os impactos do início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos e suas implicações no mercado brasileiro.

No contexto internacional, os sinais de desaceleração na China e Europa, junto ao aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, não ajudaram o setor imobiliário. Contudo, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) decidiu reduzir a Fed Funds em 50 pontos-base, para o intervalo entre 4,75% e 5,0%, conforme o esperado pelo mercado. Esse foi o primeiro ajuste para baixo desde que o ciclo de aperto monetário começou, em março de 2022, e o primeiro corte desde 2020.

A taxa de juros da maior economia do mundo passou 18 meses no maior patamar em quase duas décadas antes de começar a dar alguns sinais de arrefecimento. O cenário que convergiu na redução dos juros foi a combinação de dados de inflação em trajetória mais favorável nos últimos meses, com uma desaceleração no mercado de trabalho — que anteriormente era vista como potencial risco de recessão —, enquanto dados de serviço e varejo ainda mostram certo crescimento.

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A decisão também fez com que o Comitê de Política Monetária (Copom) mudasse de marcha: a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, voltou a subir. Desde maio, os cortes, que tiveram início em 2023, foram interrompidos na espera pela decisão monetária americana. No entanto, não foram apenas os juros americanos que induziram a uma alta de 0,25 pontos percentuais da Selic, agora em 10,75%.

No começo do ano, era estimado que a taxa básica de juros chegasse ao patamar de 9% em dezembro de 2024. Segundo o último Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30), a expectativa é de que a Selic suba para 11,75% a.a. no final deste ano. A desancoragem das expectativas de inflação em um momento de transição de mandatos na presidência do Banco Central faz boa parte do mercado acreditar que a instituição monetária precisará subir a Selic durante as próximas reuniões.

Que FIIs são melhores em períodos de altas de juros?

Especialistas do BB Investimentos comentam que caso esses movimentos se concretizem, ainda que aumente o risco das operações de CRI, os FIIs de recebíveis devem seguir com o bom patamar de dividendos, enquanto os FIIs de tijolo, historicamente mais dependentes de juros, enfrentarão maior dificuldade de seguir com a expansão de seus negócios e a melhora operacional vista nos últimos meses. “Nesse sentido, nossa preferência segue nos FIIs com diversificação de ativos (CRIs ou Imóveis) em regiões consolidadas, boas garantias, pouco alavancados e com contratos que protegem o cotista de um cenário inflacionário”, frisam.

De acordo com a Empiricus, o ponto mais positivo visto em setembro foi a recente divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de 0,13%, bem inferior às estimativas do consenso (0,28%). Ainda assim, o dado não foi suficiente para recuperar o otimismo no mercado.

Rodrigo Rocha, economista e professor da Universidade Tiradentes (Unit), explicou para esta matéria que o cenário implica em ajustes necessários nas carteiras, aumentando a exposição à renda fixa e reduzindo a renda variável. Isso porque os investimentos de renda fixa tendem a trazer maior rentabilidade com a Selic mais alta, tirando o foco das aplicações em fundos imobiliários, por exemplo.

“O curtíssimo prazo, especialmente outubro, ainda pode conferir aversão ao risco por parte do mercado, fundamentada na ausência de disciplina fiscal do governo. O controle de despesas públicas não tem sido efetivo, fazendo com que o os juros longos permaneçam em patamar restritivo”, indicaram os analistas da Empiricus.

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Fora do cenário de juros, a B3 (B3SA3), a Bolsa de Valores brasileira, liberou a negociação de alguns FIIs mercado a termo. Ou seja, isso permite a compra de ativos com pagamento futuro. O prazo do contrato e a taxa são definidos entre o comprador e o vendedor. A operação é útil para investidores que desejam aproveitar oportunidades de mercado para suas carteiras sem a necessidade de desembolso imediato dos recursos, segundo a B3. Entre os FIIs disponíveis na B3, estão o BTG Logístico (BTLG11) e XP Malls (XPML11), dois dos fundos mais comentados entre os analistas das carteiras recomendadas.

Segundo a Terra Investimentos, a expectativa é de que os fundos imobiliários se beneficiem em um cenário de retomada de atividade econômica e eventual aquecimento do setor, mesmo após a elevação da taxa de juros, com novos investimentos em várias áreas da economia brasileira.

As recomendações de fundos imobiliários para outubro

E-Investidor consultou nove corretoras e bancos para descobrir as melhores opções de fundos imobiliários para outubro. O primeiro lugar das indicações ficou com o BTG Logístico (BTLG11), com sete menções. Na sequência, veio o XP Malls (XPML11), com cinco recomendações. Já o terceiro lugar ficou com o fundo Bresco Logística (BRCO11), citado por quatro casas.

O fundo do BTG, presente na maioria das carteiras, obtém renda e ganho de capital por meio da exploração de empreendimentos logísticos. Ao todo, ele possui 19 ativos, majoritariamente localizados na região metropolitana de São Paulo. A XP Investimentos avalia que os principais pontos da tese de investimento no BTLG11 são a qualidade do portfólio de ativos, uma boa previsibilidade das Receitas e uma equipe de gestão qualificada que desempenha um processo robusto de reciclagem de ativos no fundo. “Entendemos que a última aquisição pode trazer impactos positivos na distribuição de dividendos do fundo”, indicam os analistas.

Já o XP Malls possui um portfólio diversificado com 23 shopping centers e área bruta locável (ABL) de 290 mil metros quadrados. Os ativos estão majoritariamente localizados no sudeste do País (60%) e diversificado entre as administradoras de grande relevância na indústria. Para o Santander, o fundo é a preferência do banco no segmento de shopping centers e vê como positivas as últimas transações da gestão.

Apesar de apresentar performance negativa de 2,3% no mês de setembro, o BRCO11 capta a atenção dos analistas da XP, que comentam sobre como o fundo ainda está negociando em patamares atrativos, considerando a qualidade do seu portfólio.  O Bresco Logística é um fundo de gestão ativa que tem por objetivo investir recursos em imóveis do segmento de galpões logísticos. Seu portfólio é composto por 12 propriedades, que somam 472 mil metros quadrados de área bruta locável.

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Veja a seleção completa das casas:

BTG Pactual

O BTG fez algumas alterações nas suas recomendações, incluindo em sua carteira os seguintes fundos: KNRI11, HGBS11 e HGRU11.

FIIs recomendados
BTCI11 – BTG Pactual Crédito Imobiliário
KNCR11 – Kinea Rendimentos
CPTS11 – Captânia Investimentos
KNIP11 – Kinea Índices de Preços
CLIN11 – Clave Índices de Preços
RBRR11 – RBR Rendimento High Grade
RBRY11 – RBR Crédito Imobiliário Estruturado
VILG11 – Vinci Logística
BRCO11 – Bresco Logística
BTLG11 – BTG Logístico
HGLG11 – CSGH Logística
RBRP11 – RBR Properties
KNRI11 – Kinea Renda Imobiliária
BRCR11 – BC Pactual Corporate Office
PVBI11 – VBI Prime Properties
XPML11 – XP Malls
HGBS11 – Hedge Brasil Shopping
HFOF11 – Hedge Top FOFII 3
TRXF11 – TRX Real Estate
HGRU11 – Pátria Renda Urbana

BB Investimentos

O BB substituiu o fundo Plural Recebíveis (PLCR11) pelo Valora CRI CDI (VGIR11) em sua Carteira Renda de FIIs para outubro. Confira a carteira completa:

FIIs recomendados
RZTR11 – Riza Terrax
XPSF11 – XP Selection
TRXF11 – TRX Real Estate
CVBI11 – VBI CRI
VGIR11 – Valora CRI CDI
VGIP11 – Valora CRI Índice de Preços
VRTA11 – Fator Verita FII
XPCI11 – XP Credito Imobiliario

CM Capital

A CM Capital optou por não realizar mudanças em sua carteira recomendada para outubro. Veja:

FIIs recomendados
BTLG11 – BTG Logístico
FATN11 – BRC Renda Corporativa
HGBS11 – Hedge Brasil Shopping
HGPO11 – Pátria Prime Offices
HGRU11 – Pátria Renda Urbana
HSLG11 – HSI Logística
TRXF11 – TRX Real Estate
GARE11 – Guardian Real Estate
SPXS11 – SPX SYN Multiestratégia
PLCR11 – Plural Recebíveis Imobiliários
XPCI11 – XP Crédito Imobiliário
MCHY11 – Mauá Capital Real Estate
AFHI11 – AF Invest CRI

 

Empiricus

Para outubro, a Empiricus não realizou mudanças nas recomendações.

FIIs recomendados
ALZR11 – Alianza Trust Renda Imobiliária
BCFF11 – BTG Fundo de Fundos
BRCO11 – Bresco Logística
HGCR11 – CSHG Recebíveis Imobiliários
KNSC11 – Kinea Securities

EQI Research

A EQI Research, por sua vez, realizou duas mudanças em sua carteira de FIIs para outubro. A primeira, foi a troca do fundo Capitânia Securities II (CPTS11) pelo SPX SYN Multiestratégia (SPXS11). Em seguida, a casa também substituiu o  CSHG Prime Offices (HGPO11) por RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11)

FIIs recomendados
ALZR11 – Alianza Trust Renda Imobiliaria
BCIA11 – Bradesco Carteira Imobiliária Ativa
BTCI11 – BTG Pactual Crédito Imobiliário
BTLG11 – BTG Logístico
SPXS11 – SPX SYN Multiestratégia
GARE11 – Guardian Real Estate
HGBS11 – Hedge Brasil Shopping
RBRY11 – RBR Crédito Imobiliário Estruturado
KNSC11 – Kinea Securities
KORE11 – Kinea Oportunidades Real Estate
LVBI11 – VBI Logística
VCJR11 – Vectis Juros Real
XPML11 – XP Malls

 

RB Investimentos

A casa retirou apenas um fundo das recomendações para outubro: o Bradesco Carteira Imobiliária Ativo (BCIA11).

FIIs recomendados
BRCO11 – Bresco Logística
MALL11 – Malls Brasil
RFOF11 – RB Capital
HGFF11 – CSHG Imobiliário
JSRE11 – JS Real Estate
PVBI11 – VBI Prime Properties
BTLG11 – BTG Logístico
XPML11 – XP Malls
KNCR11 – Kinea Rendimentos
TRXF11 – TRX Real Estate
KNIP11 – Kinea Índices de Preços
RBRR11 – RBR Rendimento High Grade
GTWR11 – FII Green Towers
VCJR11 – Vectis Juros Real
KNUQ11 – Kinea Unique

Santander

O banco retirou o fundo Santander Renda de Aluguéis (SARE11) para sua carteira de outubro, mantendo os ativos antigos.

FIIs recomendados
BTLG11 – BTG Logístico
VILG11 – Vinci Logística
RBRF11- Alpha Multiestrategia Real
VGHF11 – FII Valora
CVBI11 – VBI CRI
HGCR11 – CSHG Recebíveis Imobiliários
KNCR11 – Kinea Rendimentos
MCCI11 – Mauá Capital Recebíveis Imobiliários
GARE11 – Guardian Real Estate
TGAR11 – TG Ativo Real
TRXF11 – TRX Real Estate
XPML11 – XP Malls
HSML11 – HSI Malls
VINO11 – Vinci Offices

 

Terra Investimentos

Para outubro, a Terra Investimentos retirou o fundo Riza Terrax (RZTR11) e o substituiu pelo Maxi Renda FII (MXRF11).

FIIs recomendados
MXRF11 – Maxi Renda FII
TRXF11 -TRX Real Estate
TGAR11 – TG Ativo Real
CPTS11 – Capitania Securities
BTAL11 – BTG Pactual Agro Logística
BTLG11 – BTG Pactual Logística
VRTA11 – Fator Verita
RBRF11 – RBR Alpha Fundo de Fundos
RURA11 – Itaú Asset Rural Fiagro
MCHY11 – Maua Capital High Yield

XP Investimentos

A XP não realizou mudanças na composição da sua carteira recomendada de fundos de investimentos imobiliários.

FIIs recomendados
MCCI11 – Mauá Capital Recebíveis
KNCR11 – Kinea Rendimentos
BTLG11 – BTG Logística
BRCO11– Bresco Logística
XPML11– XP Malls

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