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Mercado financeiro hoje: Brasil a um passo do grau de investimento, ataque do Irã contra Israel e mais 3 assuntos para ficar atento nesta quarta-feira

Persistência do conflito no Oriente Médio indica postura conservadora nos mercados hoje. Entenda

Mercado financeiro hoje: Brasil a um passo do grau de investimento, ataque do Irã contra Israel e mais 3 assuntos para ficar atento nesta quarta-feira
(Foto: Adobe Stock)

A agenda econômica desta quarta-feira (2) fica de olho em dados de empregos no setor privado americano (ADP) e em falas de quatro dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano): Beth Hammack, de Cleveland; Alberto Musalem, de Saint Louis; Tom Barkin, de Richmond; e a diretora Michelle Bowman. No Brasil, o mercado financeiro hoje acompanha as entrevistas do novo CEO da Vale (VALE3), Gustavo Pimenta, e o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Ainda na agenda econômica de hoje local, será divulgada a produção industrial de agosto, enquanto investidores acompanham a entrevista do Tesouro Nacional sobre o Relatório Mensal da Dívida Pública (RMDP), divulgado na segunda-feira (30). À noite, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, faz palestra em evento em São Paulo.

Confira os 5 destaques do mercado financeiro hoje

Conflito no Oriente Médio

Investidores segue acompanhando novos conflitos no Oriente Médio. Na terça-feira (1º), o Irã iniciou o ataque com mísseis balísticos contra Israel, segundo informações das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ofensiva fez o petróleo avançar acima de 5,00%, e só diminuiu quando o conflito direto se deu por encerrado, fazendo a commodity fechar em torno de 2,00%.

Segundo os serviços de emergência de Israel, duas pessoas ficaram feridas ao serem atingidas por estilhaços de mísseis iranianos. Um palestino também morreu por conta de estilhaços que caíram na cidade de Jericó, na Cisjordânia, de acordo com informações de veículos locais.

Bolsas internacionais

A persistência da tensão Irã-Israel propicia uma postura conservadora nos investidores, mas a percepção de relativa à contenção de danos pela defesa israelense ameniza as perdas nas bolsas ocidentais.

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As bolsas da Europa caem com escalada da guerra no Oriente Médio, mas empresas de petróleo e defesa vão na contramão e sobem.

Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) ensaiam leves altas. O ADP desta quarta e o relatório payroll na sexta-feira (4) vão modular as apostas no ritmo do corte de juro do Fed, que mostram em torno de 64% de chances de redução de 0,25 ponto porcentual em novembro. A volatilidade deve persistir.

No Japão, as bolsas caíram em meio à alta do iene ante o dólar com investidores atentos ao futuro da política econômica e monetária no país. O novo ministro da Economia, Ryosei Akazawa, disse que o Banco do Japão (BoJ) deve considerar cuidadosamente quaisquer aumentos adicionais de taxas de juros, com objetivo de evitar o risco de esfriar muito a economia.

Commodities

O petróleo exibe ganhos superiores a 3% nesta manhã por incertezas sobre o grau da escalada do conflito geopolítico e o impacto na oferta da commodity.

O minério de ferro segue sem a referência de Dalian até a próxima segunda-feira (7) em decorrência do feriado conhecido como Golden Week, que fechou os mercados da China, Hong Kong e Coreia do Sul.

Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale e da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam no pré-mercado em Nova York.

Nota de crédito do Brasil

A agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 na terça-feira (1º) – veja aqui –, deixando o País apenas um degrau abaixo do chamado grau de investimento, equivalente a um selo de bom pagador. A perspectiva para o rating brasileiro foi mantida em positiva. O ajuste aumenta a chance de atração de fluxo estrangeiro pelo Brasil.

Mercado brasileiro

A tendência é de abertura positiva dos ativos brasileiros, após a elevação do rating do Brasil pela Moody’s. Contudo, os ajustes ficam sujeitos também à volatilidade nos mercados americanos e do petróleo em meio ao risco de uma guerra ampliada no Oriente Médio.

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O desconforto fiscal segue no pano de fundo. Há incômodo com a decisão do governo de reduzir o contingenciamento de gastos e começar a mirar na banda de baixo da meta de superávit primário, o que é considerado arriscado por analistas porque se o crescimento desacelerar deve reduzir a arrecadação e a possibilidade de cumprimento das metas do arcabouço fiscal.

No mercado financeiro hoje, a produção industrial deve mostrar avanço de 0,1% do indicador em agosto, após recuo de 1,4% do setor em julho, segundo o Projeções Broadcast.

* Com informações do Broadcast