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XP e Genial avaliam dados de produção da Prio (PRIO3). Vale a pena comprar a ação?

A petroleira divulgou os dados operacionais totais de petróleo na segunda-feira (7). Confira

XP e Genial avaliam dados de produção da Prio (PRIO3). Vale a pena comprar a ação?
PRIO3 (Foto: Envato)

A produção total de petróleo da Prio (PRIO3) atingiu 71.476 barris de óleo equivalente por dia (boepd) em setembro de 2024, ante 71.716 boepd em agosto. O número representa uma queda de 0,33% na comparação mês contra mês. Os dados operacionais são preliminares e não auditados.

No mês de setembro, o Campo de Frade produziu 35.220 boepd, recuo de 7,61% ante o total apurado em agosto, de 38.125 boepd. A companhia justifica que a queda em relação ao mês anterior foi ocasionada pela parada na produção devido à manutenção de offtake. A produção foi retomada apenas no dia 5 de setembro.

No cluster de Polvo e Tubarão Martelo, a produção foi de 10.741 boepd, uma alta de 3,83% ante os 10.344 boepd registrados em agosto. Segundo a petroleira, a produção foi afetada pela parada dos poços TBMT-8H, TBMT-10H e TBMT-4H em função da falha na Bomba Centrifuga Submersa (BCS).

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A empresa diz que o workover do poço TBMT-8H foi finalizado no dia 25 de setembro e que o poço já retornou à produção. “Os demais poços seguem aguardando a anuência do Ibama para iniciar o workover (intervenções em poços de petróleo)”, informou em nota.

Já no campo de Albacora Leste, o volume de produção ficou em 25.515 boepd, alta de 9,76% ante os 23.246 boepd registrados em agosto. Segundo a Prio, o campo também teve sua produção impactada devido à falha no compressor de gás, cujo reparo foi concluído no dia 15 de setembro e a produção normalizada. A venda de óleo total passou de 954.840 barris de óleo (bbl) em agosto para 3.721.446 em setembro.

Análise do relatório da Prio

Genial

Após os dados de produção divulgados pela Prio, referentes a setembro, a Genial Investimentos analisa que a empresa segue entregando uma produção média diária “muito aquém do seu potencial”, descreve o analista Vitor Sousa. No entanto, ele julga os números como neutros para a tese de investimento.

Sousa diz que os números vieram praticamente em linha com o mês anterior, devido a uma série de eventos pontuais relacionadas a paradas técnicas em seus campos produtores. Por conta disso, a produção muito abaixo da sua média histórica não surpreende e, para a Genial, os preços atuais já refletem isso.

Na atual cotação das ações, que fecharam em R$ 45,53 na segunda-feira (7), o analista vê a Prio sendo negociada a 2,7 vezes o seu valor de empresa sobre o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) previsto para 2025 (EV/Ebitda), com um rendimento de fluxo de caixa de 20%, “valores muito atraentes para serem desprezados”.

O analista também afirma que o principal gatilho de valor para o case da empresa no momento continua sendo a entrada comercial do campo de Wahoo. Com a aprovação da licença ambiental, a Genial espera que a produção comece até o segundo trimestre do ano que vem.

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A Genial tem recomendação de compra para as ações da Prio, com preço-alvo de R$ 60, o que representa um potencial de valorização de 53,74% com base no último fechamento.

XP

A XP Investimentos avalia que os dados de produção da Prio referentes a setembro permaneceram abaixo do potencial, mas projeta uma melhora significativa em outubro, já que “alguns contratempos foram resolvidos”, dizem os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm, em relatório.

Eles esperam que isso tenha um impacto negativo nos resultados trimestrais da empresa, a serem divulgados no dia 5 de novembro, destacando que a produção da petrolífera diminuiu em 22% em relação ao trimestre anterior e as offloads em 24%, além de uma redução de cerca de 6% nos preços do Brent.

O Campo de Frade foi o principal fator de desempenho inferior em comparação com os meses anteriores, devido a uma parada de produção causada pela manutenção na linha de offtake. A produção foi retomada em 5 de setembro e atualmente está em cerca de 42kbd, de acordo com dados da ANP.

No Campo de Polvo e no Campo de Tubarão Martelo (TBMT), a produção da Prio (PRIO3) melhorou com a retomada de TBMT-8H no dia 25 de setembro, enquanto outros poços parados ainda estão aguardando a aprovação do Ibama para iniciar a recuperação. Albacora Leste (ABL) foi afetada por uma falha no compressor de gás, mas os reparos foram concluídos em 15 de setembro e o campo está produzindo agora cerca de 30kbd, de acordo com dados da ANP.

* Com informações do Broadcast

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