O dólar hoje fechou em forte queda, em movimento de correção, após ter encerrado a sexta-feira (1°) no maior nível desde 13 de maio de 2020, quando registrou o patamar nominal mais alto da história (R$ 5,9008). Nesta segunda-feira (4), a moeda americana terminou o dia em baixa de 1,47% cotada a R$ 5,7831, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,8392 e mínima a R$ 5,7562 no dia.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis pares fortes, também caiu nesta segunda-feira, exibindo desvalorização de 0,40%, aos 103,869 pontos, no final da tarde.
O cancelamento da viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Europa trouxe maior alívio aos investidores, alimentando as expectativas de que o anúncio de um pacote de corte de gastos pode ser feito ainda nesta semana. Depois de se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã para tratar do G20, o ministro também afirmou que Lula passou o final de semana trabalhando no assunto.
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“É claro que essa sinalização não soluciona o problema ainda. Precisamos ver qual vai ser o tamanho desse pacote e como ele vai ser apresentado para o Congresso. Mas já é um bom sinal. Agora a gente fica na espera para saber como o governo deseja trabalhar com esse pacote”, ressalta Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.
Nesta reportagem, especialistas do mercado explicam que o governo precisa entregar duas coisas para acalmar os ânimos dos investidores e impulsionar os ativos domésticos: um pacote de redução de gastos de ao menos R$ 50 bilhões e algumas correções nas despesas obrigatórias e discricionárias.
Eleições nos EUA e decisões de juros também ficam no radar
A semana deve ser turbulenta no mercado global. O grande tema de destaque é a eleição presidencial nos Estados Unidos. A disputa entre o ex-presidente Donald Trump e a atual vice-presidente Kamala Harris está bastante acirrada, mas o posicionamento do mercado para uma possível vitória republicana vinha ajudando a manter a tendência de dólar forte nas últimas semanas.
Em caso de vitória de Trump, a divisa americana deve ganhar mais força em relação ao real, pois o candidato republicano defende políticas que limitam o comércio com países emergentes, o que afetaria as exportações do Brasil.
Uma nova leva de pesquisas de intenção de voto, no entanto, mostrou a candidata democrata à frente de estados importantes, como Iowa. Kamala viu suas chances de vitória subir nas bolsas de aposta, um outro fator que ajudou a promover certo alívio no câmbio nesta segunda-feira.
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Outro fator que movimenta a semana é a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que será divulgada na quinta-feira (7). As apostas majoritárias são de que a autoridade deve cortar as taxas em 25 pontos-base nos Estados Unidos.
O dólar sobe 0,03% em novembro. No ano, a moeda acumula ganhos de 19,16%.
*Com informações do Broadcast