O que este conteúdo fez por você?
- O resultado das urnas das eleições dos EUA permitiu que o BTC renovasse a sua máxima histórica sucessivas vezes em novembro
- A euforia em torno do BTC se deve às promessas de campanha de Donald Trump para o setor de criptomoedas
- O republicano prometeu flexibilizar a regulação do setor nos Estados Unidos e pretende criar uma reserva estratégica de bitcoin
O bitcoin (BTC) teve um mês de novembro agitado e inesperado. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos (EUA) renovou as expectativas dos investidores para o mercado de criptomoedas. Desde o último dia 6, quando o resultado das urnas foi divulgado, o ativo digital renovou muitas vezes a sua máxima histórica, até ficar bem próximo da marca dos US$ 100 mil. A euforia se ancora nas expectativas em torno do novo governo americano, que prometeu flexibilizar as regras para o setor de criptomoedas no país.
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Esse otimismo não deve se encerrar em novembro. Os analistas de mercado ressaltam que o ambiente deve continuar favorável para o bitcoin registrar mais um mês de ganhos. Nas próximas semanas, o mercado deve ter novas informações sobre as propostas do governo Trump para o setor. Uma das pautas que seguem no radar dos investidores é a criação de uma reserva estratégica de bitcoin. Segundo Caio Leta, Head of Content and Research da Bipa, caso essa medida se concretize no segundo mandato de Trump, deve elevar a pressão compradora sobre o ativo digital,
“Outros estados americanos, como a Pensilvânia, também estão apresentando projetos de lei para colocar o bitcoin como um ativo estratégico contra a inflação. A tendência é de que outros estados sigam nessa direção, como Texas e Wyoming”, reforça Leta. Algumas empresas também caminham na mesma direção. A MicroStrategy (MSTR), por exemplo, comprou mais de 55,5 mil BTCs apenas em novembro, elevando a sua posição sobre a moeda digital para 386 mil BTCs. “Esse movimento representa uma nova fonte de demanda”, acrescenta Leta.
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Além dessas iniciativas, há o contexto macroeconômico mais favorável. Os dados de inflação dos Estados Unidos ainda possibilitam a continuidade da queda de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Esse movimento aumenta o apetite a risco dos investidores que migram para ativos mais arriscados, como as criptomoedas, em busca de maiores retornos.
Dado esse contexto, Beto Fernandes, analista da Foxbit, também reforça que o bitcoin tem bons fundamentos para dar continuidade a sua tendência de alta e deve continuar no radar dos investidores em dezembro. “A criptomoeda segue com uma demanda muito intensa, acumulando mais de US$ 10 bilhões via ETFs só nas últimas seis semanas”, ressalta Fernandes.
A criptomoeda para se ter no radar além do bitcoin
Além do BTC, a Solana (SOL) faz parte da lista de recomendações dos analistas para o mês de dezembro. A criptomoeda é uma das principais redes blockchain para o mercado de desenvolvimento de protocolos de finanças descentralizadas por ter custos mais baixos e desempenho mais rápido. E agora pode atrair ainda mais o fluxo de capital dos investidores interessados nessas tecnologias.
Segundo Fernandes, a rede SUI, considerada uma das concorrentes da Solana, apresentou sua primeira falha significativa e paralisou por cerca de duas horas suas transações. “Este foi o mesmo problema que a própria Solana registrou nos últimos anos, o que afetou negativamente o preço do token SOL. Com o jogo “inverso” neste momento, a busca pela Solana pode aumentar, em detrimento da queda de SUI”, afirmou o analista da Foxbit.
Vinicius Bazan, CEO da casa de análises Underblock, também enxerga o mesmo potencial para o ecossistema da Solana e avalia que o ativo digital pode renovar a sua máxima histórica nos próximos meses. “Gostamos muito dos protocolos de inteligência artificial e de DeFI (finanças descentralizadas) da rede da Solana”, diz Bazan. Assim como o bitcoin subiu em novembro, a Solana apresentou uma valorização de 39,7%, sendo negociada a US$ 244,47.
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