- O campeão de rentabilidade entres os fundos de renda fixa de crédito privado foi o Angá High Yield FIRF CP, com 7,34%
- Segundo dados da Anbima, o patrimônio dos fundos de renda fixa registraram um aumento de R$ 21,7 bilhões em dezembro
Os investidores que não largam a renda fixa estão começando a perceber que, para garantir uma rentabilidade acima da inflação, terão que colocar um pouco mais de risco na carteira. Como a taxa básica de juros Selic, continua estacionada no menor nível da história desde agosto de 2020, a 2% ao ano, o cenário permanece desfavorável para essa classe de ativos.
Um levantamento feito pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), porém, mostrou que, em dezembro, de 2020 o patrimônio dos fundos dessa categoria registraram um crescimento de R$ 21,7 bilhões. A captação líquida dos fundos de renda fixa também quebrou uma sequência de dois meses consecutivos de captação negativa. Em outubro foram R$ 51,4 bilhões, em novembro R$18,7 bilhões e R$ 2,75 bilhões em dezembro.
Crédito Privado como solução
Uma das soluções apontadas para aumentar a rentabilidade da renda fixa é o crédito privado, que apesar de não ser tão popular entre os investidores quanto os títulos do Tesouro Direto, por exemplo, garantem uma rentabilidade satisfatória.
Segundo Anderson Meneses, CEO da Alkin Research, há muitas formas para as empresas conseguirem um financiamento, uma delas é a emissão de ações e a outra é partir do crédito privado. “Nessa modalidade, o mais interessante é a possibilidade de atrelar algumas condições, como não ultrapassar um certo grau de alavancagem e, assim, dar uma garantia maior para o investidor”, diz
A principal diferença é que, em vez de comprar títulos emitidos para o governo se financiar, como é o caso do Tesouro Direto, o investidor estará comprando títulos emitidos por uma instituição privada. Desta forma, irá receber o capital investido com juros no final do período pré-determinado.
É importante lembrar que cada instituição privada pode emitir títulos de crédito privado para se financiar. Por isso, os rendimentos obtidos variam de acordo com o emissor, podendo ser pré ou pós-fixados.
Nos pré-fixados, o investidor sabe quanto irá receber antes mesmo de aportar. Já os pós-fixados estão vinculados a algum indicador, como, por exemplo, CDI e IPCA.
Na visão de Meneses, a busca pela renda fixa será bem interessante em 2021, principalmente com a expectativa maior do mercado sobre a preocupação com a inflação. “Esse movimento tende a aumentar a procura por títulos atrelados à inflação como uma forma de proteção, tanto dos fundos de investimentos como na carteira das pessoas físicas”, diz Meneses
Top 10: Os melhores fundos de renda fixa de crédito privado
Posição |
Fundo |
Rentabilidade 12 meses |
1 |
Angá High Yield FIRF CP |
7,34% |
2 |
Journey Cap End Deb Inc FIRF CP |
4,15% |
3 |
ARX Hedge FIC FI-Infra |
3,65% |
4 |
Sparta Deb Inc FIC FI-Infra |
3,61% |
5 |
XP Crédito Estruturado 15 FIC FIRF CP LP |
3,59% |
6 |
Bradesco RF Deb Inc FIC FI-Infra |
3,57% |
7 |
Icatu Vanguarda CP FI RF LP |
3,38% |
8 |
BTG Pa de Inc FIC FI-Infra |
3,19% |
9 |
Iridium Titan Adv FIC FIRF CP |
2,93% |
10 |
Caixa Qualificado FIRF CP LP |
2,91% |
Fonte: XP Investimentos