O Goldman Sachs elevou a recomendação da Ultrapar (UGPA3) para compra, com preço-alvo de R$ 19,70, o que representa um potencial de valorização de 15,3% sobre o fechamento de quinta-feira (30). O banco, contudo, rebaixou Vibra (VBBR3) para neutro, com preço-alvo de R$ 19,50, acarretando um potencial de valorização de 9,8%.
Após o relatório, as ações da Vibra passaram a tombar na Bolsa, caindo 3,00%, a R$ 17,24, por volta das 12h – leia mais nesta matéria.
Na avaliação do Goldman, a Ultrapar está melhor posicionada em um cenário de aperto monetário no Brasil, por ter um balanço mais leve, e isso poderia se traduzir em M&As que agregam valor (historicamente, um ambiente macroeconômico difícil geralmente oferece boas oportunidades para M&A) ou dividendos mais altos.
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Já a Vibra deve sofrer com revisões para baixo nas estimativas para 2025, pois o banco considera que o consenso ainda não incorpora totalmente o efeito da alta da Selic e o impacto negativo nos balanços após a consolidação da recente aquisição da Comerc Energia. O Goldman enfatiza ainda que a Vibra está com nível de alavancagem relativamente alto, superior a 2 vezes, maior do que o 1,2 vez da Ultrapar.
No setor em geral, o Goldman considera que há tendências saudáveis a médio prazo no mercado de distribuição de combustíveis no Brasil, com alguns riscos de curto prazo. A estimativa para as margens Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado por metro cúbico para Ipiranga (subsidiária de distribuição de combustíveis da Ultrapar) e para a Vibra são de R$ 145/m³ e 159/m³, respectivamente, em 2025.
“O principal risco positivo para esses números viria de um progresso adicional nos esforços contra a informalidade no setor, enquanto o principal risco negativo no futuro próximo está relacionado a uma eventual aceleração na já intensa competição de importadores de combustíveis”, avaliam Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins, e Guilherme Bosso, em relatório sobre a Vibra (VBBR3).