Oncoclínicas (ONCO3): entrada de 2 fundos faz a ação disparar 34% na Bolsa hoje

Por Beatriz Rocha

20/02/2025 | 17:39 Atualização: 20/02/2025 | 17:39

Ações da Oncoclínicas (ONCO3) sobem mais de 30% no dia. Foto: Adobe Stock

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) passam por um novo dia de alta na B3 e sobem 34,67% no pregão desta quinta-feira (20). Depois de oscilarem entre máxima a R$ 4,15 e mínima a R$ 3,09, os papéis estavam cotados a R$ 4,04 às 17h30. A disparada sucede a notícia de que uma gestora ampliou sua participação na companhia especializada em tratamento de câncer.

Na noite de quarta-feira (19), a empresa informou aos seus acionistas que dois dos fundos geridos pela Latache atingiram a quantidade de 44.627.915 papéis da Oncoclínicas, representando 6,84% de seu capital social. Segundo o comunicado, os fundos não pretendem alterar a composição de controle ou a estrutura administrativa da companhia nem possuem em sua base de cotistas, diretos e indiretos, qualquer outro acionista relevante da empresa.

Enquanto o ARCL II Fundo de Investimento Financeiro Multimercado alcançou o montante de 40.310.615 ações, representativas de aproximadamente 6,18% do capital social, o Nova Almeida Fundo de Investimento Financeiro Multimercado atingiu 4.317.300 ações da Oncoclínicas, que equivalem a 0,66% do capital social.

Quem é a Latache, que aumentou participação na Oncoclínicas?

Criada em 2015, a Latache nasceu com o propósito de realizar investimentos de oportunidade em busca de retornos diferenciados com proteção de capital. “Investimos em todos os setores da economia, principalmente por meio de dívida e, ocasionalmente, equity (participação acionária em companhias), buscando destravar valor em empresas geradoras de caixa e com grande potencial de recuperação”, afirma a gestora em seu site.

Pressão sobre as ações ONCO3

O bom desempenho das ações da Oncoclínicas com as compras da Latache ocorre mesmo após o JPMorgan rebaixar a recomendação para os papéis da empresa de neutro para underweight (equivalente à venda) diante do cenário de desaceleração macroeconômica, com o aumento da Selic. O banco também enxerga que mudanças no marco regulatório do setor de saúde adicionam pressão extra ao setor.

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“Neste contexto, evitaríamos empresas com balanços alavancados e perspectivas não claras de fluxo de caixa livre, especialmente Oncoclínicas, que rebaixamos de neutro para underweight“, detalha em relatório. Apesar da forte disparada nesta quinta-feira, que marca a sexta sessão seguida de ganhos para as ações da empresa, os papéis da Oncoclínicas (ONCO3) ainda acumulam perdas de 60,38% nos últimos 12 meses.

*Com informações do Broadcast

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