

As mulheres vão controlar cerca de 75% dos gastos discricionários globais com mercadorias e serviços dentro dos próximos cinco anos. No entanto, as mulheres avaliam que as empresas não atendem suas necessidades específicas. E é nessa lacuna que há uma oportunidade, tanto para os negócios crescerem a partir das demandas femininas quanto para as mulheres receberem suporte para se desenvolverem, na avaliação do UBS.
“Atualmente, as mulheres gerem cerca de US$ 32 trilhões de gastos globais e, dentro de cinco anos, devem controlar 75% dos gastos discricionários pelo mundo. Entender as necessidades das mulheres como consumidoras é crucial para destravar oportunidades. Uma pesquisa da consultoria BCG com 15 mil respondentes globalmente descobriu que a maioria das mulheres não acredita que as companhias atendam suas necessidades específicas. E isso era verdade para produtos e serviços, de serviços financeiros à área de cuidados com a saúde e bens de consumo amplos”, descreve o relatório do UBS assinado por Antonia Sariyska e Amantia Muhedini, diretoras de investimentos (CIO, na sigla em inglês) na estratégia de Investimentos Sustentáveis e de Impacto do banco.
O UBS destaca que entender as consumidoras mulheres não é somente “bom para os negócios” em vista desse esperado aumento de poder em termos de gastos, mas também para entregar os produtos e serviços que podem “apoiar e acelerar o desenvolvimento da riqueza das mulheres”. Segundo o banco, a disparidade de gênero no setor de educação tem diminuído, mas as demais áreas – como inclusão financeira e cuidados com a saúde – precisam avançar.
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“Destacamos inclusão financeira, educação e cuidados com a saúde como as três áreas de prioridade de investimento para mulheres porque se situam na intersecção entre a possibilidade de investimento e o impacto. As três áreas devem desfrutar de um crescimento a longo prazo à medida em que a tecnologia e as mudanças sociais criem oportunidades para a inovação do modelo de negócios que resolvam as disparidades [de gênero] consideráveis. As três áreas também estão interconectadas entre si e ao investimento direto em mulheres”, afirma o UBS. A avaliação do banco é que se mais capital for mobilizado por meio de uma perspectiva de gênero nessas áreas temáticas, o papel das mulheres vai ganhar relevância.