

A agenda econômica desta sexta-feira (14) tem como destaque local as vendas no varejo de janeiro e o desempenho do setor público consolidado, ambos de janeiro. No exterior, as atenções se voltam ao índice de sentimento do consumidor americano, da Universidade de Michigan, com expectativas de inflação em um e cinco anos. O mercado financeiro hoje também fica na expectativa com as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na próxima quarta-feira (19) – uma nova “Super Quarta”.
Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da entrega de 789 ambulâncias para o Samu, em Sorocaba, no interior paulista. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se, em São Paulo, com a presidente executiva da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), Thais Fagury.
Mercado financeiro hoje: o que fica no radar desta sexta-feira
Como as tarifas de Trump refletem nas bolsas internacionais hoje?
As bolsas europeias começaram o pregão em baixa, por receios com tarifas, e Londres foi afetada também pela queda inesperada de 0,9% da produção industrial do Reino Unido em janeiro (previsão era +0,2%). No início da manhã, no entanto, todas estavam no azul. A libra ampliou perdas após o dado e segue mais fraca ante o dólar hoje.
Em Nova York, os futuros sinalizam uma recuperação das bolsas após fortes perdas de quinta-feira (13) com mais ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump. O republicano acaba de sofrer um revés após dois juízes federais ordenarem a recontratação de mais de 20 mil funcionários públicos demitidos.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que é preciso “sentar e negociar” sobre tarifas com os EUA.
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Ainda entre as bolsas internacionais hoje, aa Ásia, medidas da China para impulsionar o consumo ajudaram na alta dos mercados. Nesta manhã, foi revelado que os bancos do país reduziram drasticamente a concessão de empréstimos em fevereiro.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou na quinta-feira que, em princípio, apoia a proposta dos EUA para um cessar-fogo na Ucrânia, mas buscou uma série de esclarecimentos e impôs condições que parecem descartar um rápido fim do conflito.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em alta, depois de caírem na sessão anterior com a procura por ativos seguros após dados econômicos mais fracos dos EUA.
Commodities: petróleo e minério avançam
O petróleo sobe nesta sexta-feira, apagando boa parte das perdas da sessão anterior, em meio a dúvidas sobre a possibilidade de que a guerra na Ucrânia acabe rapidamente. No início desta manhã, o barril do petróleo WTI para abril subia 0,66%, enquanto o do Brent para maio avançava 0,63%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 2,32%, cotado a 794 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 109,59 nos mercados de Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 1,06% no pré-mercado de Nova York, no início da manhã (horário de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,63%.
Expectativas para o Ibovespa hoje
O real pode se beneficiar do dólar mais fraco ante moedas emergentes e ligadas a commodities, enquanto o sinal positivo em Wall Street é favorável ao Ibovespa hoje. Balanços de empresas, como os resultados da Eletrobras (ELET3; ELET6) e os números da Magazine Luiza (MGLU3), também guiam os negócios.
Os juros mais curtos podem ter viés de alta caso se confirme uma alta nas vendas do varejo restrito e ampliado em janeiro, após queda em dezembro. Outros indicadores de janeiro, como serviços e produção industrial, ficaram aquém do esperado.
O governo federal pode deixar de arrecadar R$ 650 milhões se a zeragem da alíquota do imposto de importação de alimentos ficar em vigor por um ano, informou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. A medida passa a valer nesta sexta-feira e repercute no mercado financeiro hoje. Segundo Alckmin, as medidas valerão pelo tempo necessário para estimular a redução dos preços.
* Com informações do Broadcast
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