

O Goldman Sachs reduziu de R$ 4,30 para R$ 4 o preço-alvo para as ações da Hapvida (HAPV3). A mudança acontece após a operadora de saúde divulgar o seu balanço corporativo do quatro trimestre do ano passado. O motivo por trás da revisão dos analistas ocorre com as implicações da empresa com a Justiçam que exigiram um alto volume de depósitos judiciais e novas contingências. Para o banco, a medida impacta nos resultados financeiros da companhia e no seu fluxo de caixa.
“Assumimos que as contingências totais em 2025 representarão 3,3% da receita (ante estimativa anterior de 2,6%), o mesmo nível registrado no 4T24 se excluirmos impactos não recorrentes. Essa projeção mais alta de contingências, junto a resultados financeiros mais fracos, explica a maior parte do corte em nossas estimativas de lucro”, escreveu o Goldman Sachs em relatório.
Quanto aos impactos no fluxo de caixa, a equipe de análise do Goldman prevê uma saída de R$ 960 milhões em 2025. Tal volume representa a constituição de novos de depósitos judiciais cíveis (cerca de R$ 820 milhões) e pelo pagamento de processos provisionados (cerca de R$ 140 milhões).
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Apesar dos problemas, o banco reconhece que os resultados do último trimestre de 2024 da Hapvida apresentaram uma melhora operacional para a companhia. Como mostramos aqui, a operadora de saúde reportou um lucro líquido ajustado de R$ 514,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 82 milhões no quatro trimestre de 2023.
Já a receita líquida foi de R$ 4,472 bilhões no acumulado de outubro a dezembro de 2024. O volume corresponde a um crescimento de 7,8% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. A companhia atribuiu esse resultado ao crescimento da linha de Planos de Saúde e Odontológicos.
“Mantemos nossa recomendação de Compra para HAPV3, considerando uma avaliação atrativa, com um P/L ajustado para o final de 2025 de 7,7x, nível que acreditamos ser suficiente para cobrir eventuais surpresas negativas nos aspectos operacionais, jurídicos e regulatórios”, diz Goldman Sachs.
Em 2025, as ações da Hapvida (HAPV3) acumulam uma desvalorização de 2,68%, sendo negociadas a R$ 2,17.
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