

A Associação Brasileira de Internet (Abranet), que representa fintechs e alguns bancos, incluindo nomes como Mercado Pago, PicPay e PagBank, defende que qualquer mudança no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como defendem os grandes bancos, envolva “ampla discussão e debate” com a sociedade.
Para a entidade, esse debate é necessário para não ameaçar os progressos recentes para aumentar o acesso das pessoas ao sistema financeiro. “Eventuais alterações de regras precisam ser amplamente debatidas, sob pena de enfraquecer a proteção ao pequeno investidor”, afirma em nota a Abranet.
Segundo a associação, mudanças no FGC, podem “favorecer um ambiente de reconcentração de investimentos”, um ambiente que fintechs lutaram nos últimos anos para mudar, tornando o sistema financeiro menos concentrado e mais acessível à população de baixa renda. Como mostrou o Broadcast nos últimos dias, grandes bancos estão discutindo há pelo menos um ano mudanças no modelo do FGC. E com o Banco Master, o assunto ganhou ainda mais os holofotes.
Publicidade
Uma das discussões é aumentar a contribuição proporcional de bancos pequenos e médios. A justificativa é que eles oferecem maior risco ao sistema financeiro. Assim, o modelo atual incentiva o uso do FGC como uma chancela para que elas ofereçam ativos mais arriscados, e o investidor compre sabendo que estará protegido, como no caso do Master, que oferecia CDB com altas taxas e prazos mais longos.
Para a Abranet, foi um mecanismo como o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que tornou possível o acesso a “investimentos mais diversos, seguros e acessíveis” por meio das plataformas digitais. O ambiente regulatório estável também foi um fator essencial.