Ainda na agenda econômica hoje, serão divulgados dados de transações correntes e Investimentos Diretos no País (IDP) de março. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento do Safra e Gabriel Galípolo, do Banco Central (BC). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina contratos de concessão de rodovias no Paraná, que somam mais de R$ 36 bilhões em investimentos.
Na terça-feira (29), estão previstos o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril e os resultados do governo central; na quarta-feira (29), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da taxa de desemprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e do setor público consolidado, todos de março.
Na quinta-feira (1º), o feriado do Dia do Trabalho fechará os mercados na Europa, China, Hong Kong e Brasil. São aguardados ainda, mas sem a definição de data, os resultados de arrecadação federal do primeiro trimestre.
Entre os balanços corporativos esperados do primeiro trimestre, Gerdau (GGBR4) publica nesta segunda-feira, após o fechamento da B3; Iguatemi (IGTI11), na terça; Santander (SANB11) e Weg (WEGE3), na quarta; e M.Dias Branco (MDIA3) na sexta-feira (2).
No exterior, o payroll de abril dos EUA sai na sexta-feira; o índice de preços PCE americano de março e as primeiras leituras do PIB dos EUA, Zona do Euro e Alemanha do primeiro trimestre serão divulgados na quarta, além dos dados de Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial de abril desses três países, na quinta-feira.
No setor corporativo, entre os balanços programados estão os de General Motors (GMCO34), Visa (VISA34), BP (B1PPB34) nesta terça; Microsoft (MSFT34), Meta (M1TA34), Santander e UBS, na quarta; Apple (AAPL34) e Amazon (AMZO34), na quinta; ArcelorMittal (ARMT34), Shell (SHEL), Exxon (EXXO34) e Chevron (CHVX34), na sexta.
Mercado financeiro hoje: os principais assuntos desta segunda-feira
Trégua na guerra comercial alivia bolsas internacionais hoje
No exterior, as bolsas chinesas fecharam em baixa, enquanto as europeias sobem e os índices futuros de Nova York tentam reverter perdas em meio a sinais de alívio em tarifas entre China e EUA e expectativa por balanços. Veja aqui as atualizações do mercado financeiro em tempo real ao longo do dia.
Pequim isentou tarifas sobre alguns chips americanos da Intel e Texas Instruments, mas manteve sobre produtos da Micron (MUTC34). O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mostrou otimismo com acordos comerciais com a China e outros países asiáticos, e Washington iniciou negociações com 18 países sobre tarifas e comércio digital, que seguem até 8 de julho.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou plano de corte de impostos para quem ganha até US$ 200 mil, financiado por tarifas, e prometeu um “grande projeto de lei” para comemorar cem dias de governo nesta terça-feira.
Juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) curtos e o dólar hoje sobem. Um acordo entre EUA e Ucrânia sobre minerais estratégicos também está no radar, dentro dos esforços para encerrar a guerra com a Rússia.
Boletim Focus: expectativas para inflação e juros
O boletim Focus do Banco Central atualizou, nesta segunda-feira (28), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A previsão do relatório do BC para a inflação brasileira em 2025 mostrou uma leve melhora, indo de 5,57% para 5,55%, mas ainda mantendo-se acima do teto de meta (4,50%). Quanto às expectativas para os juros brasileiros, em 2025, a Selic deve alcançar 15%. Veja detalhes das previsões semanais do boletim Focus nesta matéria.
Commodities: petróleo e minério caem
O petróleo recua diante da possível ampliação da oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para junho caía 0,41%, enquanto o do Brent para julho recuava 0,43%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,49%, cotado a 710,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 97,48 em Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,21% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam levemente 0,09%.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
Por aqui, a cautela moderada em Nova York e quedas do petróleo e minério de ferro podem trazer pressão à abertura da B3 hoje e às ações de Petrobras e Vale, após a alta de 3,93% do Ibovespa na semana passada com a percepção de possível avanço sobre um acordo comercial entre EUA e China.
A valorização do dólar pode pressionar o real, e a definição da taxa Ptax (taxa de referência para as operações de câmbio no mercado financeiro) do fim de abril, na quarta-feira, tende a adicionar volatilidade aos negócios, assim como os sinais mistos dos Treasuries podem limitar as oscilações na curva de juros, na esteira do alívio da última semana.
O encontro dos países membros do Brics (sigla que representa o bloco de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no Rio deve resultar em uma declaração condenando as medidas unilaterais de Donald Trump e em defesa do multilateralismo via Organização Mundial do Comércio (OMC).
O vice-presidente Geraldo Alckmin expressou preocupações sobre os efeitos do protecionismo comercial, defendeu o ajuste fiscal desde que conduzido sobre quem “tem privilégio” e disse esperar que uma nova alta de juros não se concretize. Esses e outros assuntos estão no radar do mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast