Os destaques do mercado financeiro hoje. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta quarta-feira (14) destaca a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de março. Também no mercado financeiro hoje, o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, participa da abertura da conferência anual da instituição. O presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, cumpre agenda em Pequim, na China. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem encontro com representantes da Fitch Ratings.
No campo corporativo, são aguardados na agenda econômica hoje os balanços de Allos (ALOS3), Americanas (AMER3), Eletrobras (ELET3; ELET6), Eneva (ENEV3) e Equatorial Energia (EQTL3), após o encerramento dos negócios – veja aqui o calendário de balanços desta semana.
Nos EUA, dois dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) discursam: vice-presidente Philip Jefferson e Mary Daly, de São Francisco. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) publica seu relatório mensal no final da tarde.
Mercado financeiro hoje: o que acompanhar nesta quarta-feira
Como operam as bolsas e o dólar nesta quarta-feira (14)
Os futuros de Nova York e as principais bolsas europeias recuam nesta manhã de quarta-feira, após acumularem ganhos com o otimismo gerado pelos acordos comerciais dos EUA com a China e o Reino Unido.
O presidente americano, Donald Trump, exaltou a relação com o presidente chinês, Xi Jinping, afirmando que é “hora de a China se abrir”. Ele também reiterou que seu governo vai levantar sanções impostas à Síria.
O dólar hoje cai ante outras moedas de economias desenvolvidas e também frente à maioria das emergentes e ligadas a commodities.
Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI) ficou em 2,1% em abril, após marcar 2,2% em março — levemente abaixo da previsão dos analistas, que era de 2,2%. Na comparação mensal, o CPI subiu 0,4% em abril, ante previsão de 0,5%.
Minério de ferro sobe mais de 2% e ultrapassa US$ 100
O petróleo opera em queda de mais de 1%, antes do relatório da Opep e da pesquisa semanal do Departamento de Energia (DoE) sobre estoques da commodity bruta e derivados dos EUA. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para junho caía 1,16%, enquanto o do Brent para julho recuava 1,11%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 2,43%, cotado a 737 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 102,26 em Dalian, na China. É a primeira vez desde o tarifaço dos Estados Unidos, em 2 de abril, que a commodity supera os US$ 100.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) mostrava estabilidade no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs daPetrobras (PETR3; PETR4) subiam levemente 0,08%.
O que esperar do Ibovespa hoje
O tom negativo das bolsas internacionais e a queda do petróleo podem pesar sobre o Ibovespa hoje, que ainda avalia os resultados de balanços corporativos do 1T25 como o da JBS (JBSS3). O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valorescomo se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York, apresenta leve queda no pré-mercado.
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O real, por outro lado, pode se beneficiar da fraqueza do dólar, enquanto os juros reagem ao desempenho do volume de serviços em março, que pode registrar o segundo mês consecutivo de alta — o que influenciaria as apostas para a taxa Selic.
Após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira (13), o mercado se divide entre uma alta de 25 pontos-base na taxa básica de juros e a manutenção em 14,75%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil quer negociar com os Estados Unidos, mas que, caso não haja avanços, poderá haver reciprocidade nas taxações ou encaminhamentos à Organização Mundial do Comércio (OMC). Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que Brasil e China assinaram protocolos de intenção para garantir “sinergia” entre os países.
Esses e outros assuntos estão no radar do mercado financeiro hoje.